Caso Danilo: defesa quer participação em novo interrogatório de Hian

Inquérito policial que investiga a morte do menino Danilo, de 7 anos, foi concluído na última segunda-feira (10). Hian Alves, de 18 anos, foi apontado como único autor do crime - Foto: Reprodução

Postado em: 11-08-2020 às 11h25
Por: Redação
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Inquérito policial que investiga a morte do menino Danilo, de 7 anos, foi concluído na última segunda-feira (10). Hian Alves, de 18 anos, foi apontado como único autor do crime - Foto: Reprodução

Marcella Vitória

A desefa de Hian Alves, apontado como único autor do assassinato de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, quer a participação em novo interrogatório do suspeito. Na tarde da última segunda-feira (10), o inquérito que investiga o caso descartou o envolvimento do padastro do garoto, Reginaldo Lima, no crime. 

Porém, a defesa pedirá ao Ministério Público que os autos do inquérito retornem à corporação, com o objetivo de fazer com que o suspeito seja novamente interrogado, desta vez, na presença do advogado.

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“A defesa peticionará nas próximas horas a fim de que os autos sejam remetidos à delegacia para que o Hyan seja ouvido na presença de seu advogado”. 

De acordo com as investigações, que duraram 15 dias desde que o corpo da criança foi encontrado, no dia 27 de julho, o ajudante de pedreiro, Hian Alves, de 18 anos, foi identificado como o único autor do assassinato do garoto no Parque Santa Rita, região Oeste da Capital. 

O titular da Delegacia Especializada em Investigação de Homicídios (DIH), Rilmo Braga, alegou que vários elementos levaram à essa conclusão. “Tivemos depoimentos de testemunhas que viram a hora em que o garoto adentrou a mata apenas ao lado de Hian para buscar uma suposta pipa. Temos também 10 laudos que apontam a presença de apenas uma pessoa no local do crime, além do garoto”.

À polícia, Hian disse que atraiu a criança depois de chamar ela para buscar uma pipa que havia acabado de cair. A Polícia Técnico-Científica encontrou a pipa perto do cadáver. Além disso, todos os atos de execução são compatíveis com laudos produzidos pela perícia.

Motivação

Em depoimento, Hian disse que tinha uma rixa com Reginaldo Lima, de 33 anos. “Hian sentia muito ciúme da relação que havia entre Reginaldo e o pastor Fabiano Silva, alegando que o pastor que o abrigou por 3 meses oferecia ajuda exacerbada à ele. Por isso ele quis se vingar. Sabendo da extensa ficha criminal do padrasto de Danilo, Hian entendeu que a morte de menino recairia sobre o padrasto”, afirmou Braga.

A polícia disse ainda que o ajudante de pedreiro passou cinco dias planejando a execução e analisando a rotina de Reginaldo e da vítima.

Conclusão

Hian será indiciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Com a conclusão do inquérito, Reginaldo deve ser solto nos próximos dias, já que, segundo a polícia, ficou comprovado o não envolvimento do homem no crime.  

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