Nielton Soares

A transferência do urso Robinho
do Zoológico de Goiânia para um santuário em São Paulo, autorizada por liminar do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) , na sexta-feira (14), pode ser
derrubada. Isso porque, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Procuradoria Geral
do Município (PGM), prepara um recurso.

Para o presidente da Agência
Municipal de Turismo Eventos e Lazer (Agetul), Urias Júnior, a concessão da
liminar não leva em conta o local onde está o animal, por não ter sido nem visitado
para se averiguar as condições reais em que vive o animal e nem o Paço
municipal foi procurado para dar a versão. Segundo ele, a questão de liberdade
para Robinho é “uma falácia”, pois ele irá viver em outro zoológico.

Urias Júnior afirma ainda que
Robinho já se acostumou as condições climáticas de Goiás, onde nasceu. O presidente
conta que o animal é cuidado no Zoológico de Goiânia de acordo com as
normativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e que está sendo preparado um espaço novo para o acolher,
com 680 metros quadrados e piscina com quase 10 mil litros de água.

Santuário

A transferência de Robinho para
São Paulo foi um pedido da ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e do santuário
Rancho dos Gnomos, que defende que o urso terá dois mil metros quadrados com
lagos, tocas, alimentação equilibrada e temperatura muito condizente com seu
habitat natural desses animais. E, sem contato com o público.

De acordo com a ONG, o Paço
jamais foi aberto ao diálogo acerca das condições do animal. A advogada da entidade,
Ana Paula de Vasconcelos, afirmou que o Zoológico de Goiânia não conta com
vegetação adequada e que será difícil mudar rapidamente a infraestrutura do espaço.