Golpes financeiros contra idosos cresceram 60%, diz Febraban

Campanha quer evitar ação de estelionatários; iniciativa contará com medidas para proteção e enfrentamento à violação de direitos das pessoas idosas | Foto: Reprodução.

Postado em: 02-09-2020 às 15h10
Por: Nielton Soares
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Campanha quer evitar ação de estelionatários; iniciativa contará com medidas para proteção e enfrentamento à violação de direitos das pessoas idosas | Foto: Reprodução.

Um levantamento da Febraban –
Federação Brasileira de Bancos – revela que no desde o início da quarentena
houve um aumento de 60% em tentativas de golpes financeiros contra idosos. Para
combater as fraudes financeiras, a entidade, com o apoio da Secretaria Nacional
de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e do Banco Central está
lançando uma campanha para informar e conscientizar sobre as tentativas de
golpes financeiros. A iniciativa contará com medidas para proteção e
enfrentamento à violação de direitos das pessoas idosas.

Segundo a Febraban, os bancos
investem R$ 2 bilhões por ano em segurança da informação para garantir tranquilidade
e segurança a seus clientes e colaboradores. “Estamos intensificando nossas
ações, pois quadrilhas se aproveitaram do aumento das transações digitais
causado pelo isolamento social e da vulnerabilidade dos consumidores, em
especial dos idosos, para aplicar golpes por meio da chamada engenharia social,
manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações
confidenciais”, explica o presidente da entidade Isaac Sidney.

Outro dado levantado pela
Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Federação dos Bancos revela que,
atualmente, 70% das fraudes estão vinculadas à tentativas de estelionatários em
obter códigos e senhas.

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“Os criminosos abusam da
ingenuidade ou confiança do usuário para obter informações que podem ser usadas
para que tenham acesso não autorizado a computadores ou informações bancárias”,
explica o diretor da da comissão Adriano Volpini. Para ele, uma ação integrada
entre o sistema financeiro, o regulador e o governo, é fundamental para
esclarecer dúvidas sobre os tipos de golpes financeiros praticados contra
pessoas idosas. “Temos de conscientizar e instruir os idosos sobre medidas a
serem adotadas para prevenir, identificar e denunciar o problema”, acrescentou
Volpini.

Golpes

Entre os exemplos de como os
golpistas agem estão as ligações para a casa dos clientes, nas quais o
estelionatário diz ser do banco e pede para confirmar algumas informações, como
dados pessoais e senhas. Ao fornecer informações pessoais e sigilosas, como a
senha, o consumidor expõe sua conta bancária e seu patrimônio aos golpistas. Há
também casos em que o fraudador se apresenta como um “funcionário do banco” e
pede para o cliente realizar uma transferência como um teste. Os bancos nunca
ligam para clientes para realizar transações.

Durante o período de quarentena,
as instituições financeiras chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas
tentativas de ataques de phishing- que se inicia por meio de recebimento de
e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites falsos,
que, normalmente, possuem remetentes desconhecidos ou falsos.

O golpe do falso motoboy teve
aumento de 65% durante o período de isolamento social. Nele, criminosos entram
em contato com as vítimas se fazendo passar pelo banco para comunicar a realização
de transações suspeitas com o cartão de crédito do cliente. Usando técnicas de
convencimento para obter dados, os golpistas informam que um motoboy será
enviado para recolher o cartão supostamente clonado para que sejam feitas
outras análises necessárias para o cancelamento das compras irregulares.
(Agência Brasil)

Para passar uma imagem de
segurança, alerta a Febraban, os criminosos orientam a vítima a cortar o cartão
ao meio, para inutilizar a tarja magnética, antes de entregá-lo ao motoboy. No
entanto, o chip permanece intacto, o que permite que a quadrilha faça compras
com o cartão, ainda que o plástico esteja partido ao meio.

Durante a campanha postagens e
vídeos darão dicas sobre como se proteger dos principais golpes aplicados
atualmente contra os clientes bancários. Fique atento!

O banco nunca liga para o cliente
pedindo senha nem o número do cartão;

Também em hipótese alguma vai
mandar alguém para a casa do cliente para retirar o cartão;

Bancos nunca ligam para pedir
para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento;

Ao receber uma ligação dizendo
que o cartão foi clonado, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone
que está no cartão e ligar de outro telefone para esclarecer a informação;

Recebeu um SMS ou e-mail do banco
com um link? Apague imediatamente e ligue para o seu gerente;

Jamais compartilhe sua senha com
ninguém. (Agência Brasil)

 

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