Polícia Civil realiza operação contra fraudes por aplicativos de mensagens

Segundo as investigações, criminosos criavam perfis falsos em aplicativo de mensagens e mandavam pedidos de transferências de dinheiro a pessoas próximas das vítimas| Foto: Reprodução/ Polícia Civil de Goiás

Postado em: 04-09-2020 às 09h00
Por: Redação
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Segundo as investigações, criminosos criavam perfis falsos em aplicativo de mensagens e mandavam pedidos de transferências de dinheiro a pessoas próximas das vítimas| Foto: Reprodução/ Polícia Civil de Goiás

Eduardo Marques

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (04), a Operação Data Broker. A ação tem como objetivo desarticular organização criminosa especializada na prática de fraudes através de aplicativos de mensagem. Para tanto, estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos Estados do Goiás e de Minas Gerais. 

A Operação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado/Diretoria de Operações/Secretaria de Operações Integradas), especialmente  na busca de elementos informativos coletados em ambientes virtuais, com indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva. Durante as investigações, ficou demonstrada a participação de faccionados de uma organização criminosa na prática delitiva.

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Segundo a PCGO, os presos criavam perfis fakes no WhatsApp, utilizando-se de imagens e identificação de médicos, dentistas, promotores de justiça e juízes e enviavam mensagens para os familiares próximos destes, sendo que, após a troca de algumas mensagens amistosas, o criminoso solicitava depósito de valores em contas de terceiros. O acesso às informações dos parentes da vítima era realizado por meio de bancos de dados ilegais disponibilizados na internet, plataformas sem regras específicas para a liberação de acesso aos serviços prestados.

Os criminosos utilizavam infraestruturas de venda ilegal de dados por meio dos quais buscavam números telefônicos de pessoas próximas da vítima. Em atendimento a representação policial civil, a Justiça goiana determinou o bloqueio desses serviços ilegais, com a respectiva exclusão dos sites abusivos em todo território nacional. Os mandados foram expedidos por ordem da Dra. Placidina Pires – Juíza da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais do Estado do Goiás.

Os sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em quatro endereços de Goiânia-GO e, com apoio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, também numa ala da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), além de dois endereços localizados na cidade mineira de Montes Claros, onde os mandados tiveram auxílio da Polícia Civil de Minas Gerais para cumprimento. 

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