Estudos de vacina contra a Covid-19 são suspensos após reação adversa séria em participante
De acordo com a Anvisa a decisão da suspensão foi do próprio laboratório e o órgão aguarda mais informações sobre o caso. - Foto: Reprodução/ Internet
Por: Redação
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Ana Julia Borba
Após uma suspeita de “reação adversa séria” em
participante de estudo da vacina contra a Covid-19, a farmacêutica AstraZeneca suspendeu
os testes de estágio final. A vacina, que é desenvolvida em parceria com a
Universidade de Oxford, é testada no Brasil e em outros países.
“Como parte dos estudos clínicos randomizados e
controlados da vacina de Oxford contra o Coronavírus em andamento, nosso
procedimento padrão de revisão foi acionado e voluntariamente pausamos a
vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê
independente. Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for
identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios
clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade
dos estudos”, diz o comunicado.
Em nota, a Anvisa informou ao UOL que já recebeu a
mensagem de suspensão das atividades do laboratório e aguarda mais informações
sobre o motivo da suspensão. “A decisão foi do próprio laboratório, que
comunicou os países participantes sobre sua decisão. A Anvisa já recebeu a
mensagem de suspensão enviada pelo laboratório, já que o Brasil é um dos países
do mundo que participa do estudo global”, declara a Anivsa. De
acordo com o Ministério da Saúde, é preciso compromisso em ‘garantir uma vacina
segura e eficaz para a população brasileira”.
Segundo o New York Times, um voluntário do estudo teve
mielite transversa (infecção na medula espinhal), porém não é possível confirmar
se a infecção está diretamente ligada a vacina da AstraZeneca. A
candidata da AstraZeneca e de Oxford utiliza um adenovírus de chimpanzés para
apresentar ao sistema imunológico a proteína spike, usada pelo Coronavírus
Sars-CoV-2 para agredir células humanas.
De acordo com O Ministério da Saúde, caso a vacina
tenha suficiência, cerca de 100 milhões de doses serão produzidas. A produção
integral da vacina na unidade técnico-cientifica Bio-Manguinhos, no Rio de
Janeiro, deve começar a partir de abril de 2021.