Correios aguardam decisão da Justiça sobre greve de trabalhadores

Ação de dissídio deve ser julgada na próxima segunda-feira

Postado em: 15-09-2020 às 16h38
Por: Redação
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Ação de dissídio deve ser julgada na próxima segunda-feira

Apesar de ter parte do
contingente funcional paralisado desde o dia 17 de agosto os Correios
registraram nas últimas quatro semanas, mais de 187 milhões de cartas e
encomendas entregues em todo o país. Após sucessivas tentativas
de negociação, os Correios anunciaram que aguardam decisão judicial sobre a
greve para normalizar as atividades operacionais. Segundo nota divulgada pela
empresa, as negociações estavam sendo feitas desde julho, e visavam preservar a
saúde financeira da estatal com cortes de privilégios e “adequação à realidade
do país”. O julgamento da ação de
dissídio coletivo está marcado para a próxima segunda-feira (21).

Em comunicado, os Correios afirmam que os termos
exigidos pelos funcionários para a retomada regular das atividades põem em
risco a economia que vinha sendo aplicada. A empresa registra prejuízo
acumulado de R$ 2,4 bilhões e esperava economizar cerca de R$ 800 milhões ao
ano. Segundo a estatal, esse valor, em três anos, cobriria o déficit financeiro
atual.

“É evidente, portanto, que
não há margem para propostas incompatíveis com a situação econômica atual da
instituição e do país, o que exclui de qualquer negociação a possibilidade de
conceder reajustes”, registra a nota.

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A empresa lamenta ainda o
contexto da pandemia, e afirma que a explosão do e-commerce 
o comércio eletrônico, que depende exclusivamente do serviço de transporte e
logística para a entrega de mercadorias, – seria uma forma de “alavancar o
negócio em um dos poucos setores com capacidade para crescer neste período.”

Segundo a Federação Nacional
dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), parte dos
trabalhadores decidiu cruzar os braços em protesto contra a proposta de
privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. Os
funcionários pedem ainda reajustes salariais.

Agência Brasil

 

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