Para juristas, reforma da lei sobre lavagem de dinheiro não traz retrocesso

Uma comissão foi instalada nesta quarta-feira (23) na Câmara dos Deputados e vai trabalhar sobre um texto revisado em 2012 - Foto: Divulgação

Postado em: 24-09-2020 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Uma comissão foi instalada nesta quarta-feira (23) na Câmara dos Deputados e vai trabalhar sobre um texto revisado em 2012 - Foto: Divulgação

Manoel Rocha

Os integrantes da comissão de juristas
que vai analisar um anteprojeto de lei sobre lavagem de dinheiro ressaltaram
que o objetivo do grupo é adequar os dispositivos da
Lei 9.613/98 ao cenário
atual, sem promover retrocessos. A comissão foi instalada nesta quarta-feira
(23) na Câmara dos Deputados e vai trabalhar sobre um texto revisado em
2012. “Não há intenção de flexibilizar
qualquer norma, principalmente aquela que diz respeito ao caixa dois de
campanha. O que se pretende é ter uma lei que responda aos desafios impostos a
ela e aos poderes da República”, disse a deputada
Margarete Coelho (PP-PI), que é advogada de formação e
participa da comissão. A professora de Direito Penal da Fundação Getúlio Vargas
(FGV) Heloisa Estellita, outra integrante do colegiado, destacou a importância
de se atualizar a norma em vigor. 
“Existem problemas por todos conhecidos de uma resposta penal
especialmente exacerbada e desproporcional quando há acúmulo de várias
infrações junto com o crime de lavagem”.

O desembargador Ney Bello, relator da comissão, disse que já existe uma
polarização em relação ao que poderá ser produzido pelo grupo, mas ressaltou
que a ideia é justamente ouvir os vários lados. “A maneira de fugir dessa
polarização é exatamente transformar a comissão em um ambiente mais plural
possível”, comentou. “Repetindo em si a função do Parlamento: traduzir no
processo legislativo os anseios e as compreensões de todos”.

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PGR é contra regalias a ex-governadores e
familiares

O
procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou a Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 745, em que pede ao Supremo
Tribunal Federal (STF) que reconheça como prática inconstitucional a edição de
atos pelos poderes públicos estaduais que concedam ou deixem de suspender
pensões, aposentadorias especiais e benefícios similares a ex-governadores e a
seus dependentes, em decorrência do mero exercício de mandato eletivo, à margem
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). A ação foi distribuída à ministra
Cármen Lúcia.

Direito a serviço de enfermagem domiciliar

A
5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) garantiu o direito da
prestação do serviço de enfermagem 12 horas por dia, em regime domiciliar (home
care
), em favor de uma senhora, dependente de seu filho, militar da
Marinha do Brasil. O atendimento em domicílio à paciente havia sido
interrompido pela organização militar.

Senado aprova ministro do STJ como
Conselheira do CNJ

Por
unanimidade, a ministra do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, foi aprovada pelo
plenário do Senado para o cargo de corregedora do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). A aprovação do nome da ministra foi apoiada por todos os 54 senadores
votantes na sessão, que foi conduzida pelo presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP). Maria Thereza de Assis Moura – que substitui no cargo o
ministro Humberto Martins, que assumiu a presidência do STJ em agosto – será a
nona corregedora do CNJ desde sua criação, em 2004, e exercerá o cargo durante
o biênio 2020-2022. A nomeação da ministra será feita pelo presidente Jair
Bolsonaro.​​​​​

Fux determina que tribunais regulamentem
sistema de videoconferência

Por
determinação do ministro Luiz Fux, os tribunais devem apresentar proposta que
definam e regulamentem, em até 90 dias, um sistema de videoconferência para realização
de audiências e atos oficiais. O ato normativo nº 0007554-15.2020.2.00.0000 foi
aprovado por unanimidade pelo Plenário do CNJ. Segundo Fux, durante a pandemia
felizmente a tradição cedeu à inafastabilidade da jurisdição e fomos obrigados
a nos adaptar à nova realidade.

Rápidas

Direito PrevidenciárioLaudo pericial não
pode ser parâmetro para a fixação do termo inicial de concessão de
aposentadoria por invalidez
.

Plantão
no TJGO

-O juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos
contra a Vida e Tribunal do Júri, coordenará, neste final de semana,
compreendendo os dias 26 e 27, o plantão judicial de audiência de custódia na
comarca de Goiânia.

 

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