PC investiga participação de servidores do DETRAN em fraudes de emplacamentos

Mandados estão sendo cumpridos em Goiânia e em outras sete cidades de Goiás - Foto: Reprodução/PC

Postado em: 29-09-2020 às 10h52
Por: Redação
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Mandados estão sendo cumpridos em Goiânia e em outras sete cidades de Goiás - Foto: Reprodução/PC

Luan Monteiro

A Polícia Cívil de
Goiás (PC-GO) por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR),
deflagrou na manhã desta terça-feira (29), a Operação Colludium que tem como objetivo cumprir 31 mandados de busca e
apreensão em Goiânia e em outras sete cidades de Goiás.

Os mandados estão sendo
cumpridos na sede do Departamento de Trânsito (DETRAN), em empresas de fabricação
e estampagem de placas veiculares e nas residências dos investigados. Os
mandados judiciais possuem alvos em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia,
Porangatu, Valparaiso, Senador Canedo, Santo Antônio de Goiás e Trindade. São
investigadas 24 pessoas jurídicas e nove pessoas físicas.

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As investigações
tiveram início em fevereiro deste ano, e apontam duas organizações criminosas
distintas, uma atuante em 2018 e outra que estaria atuando atualmente,
utilizando o mesmo esquema criminoso da anterior.

Segundo o apurado,
empresários do ramo de fabricação e estampagem teriam feito o uso de “laranjas”
e familiares para formar um cartel nesses serviços. Além disso, há indícios de
que os membros dessa organização teriam o costume de cobrar R$ 70 mil de
empresários que teriam interesse de credenciar suas empresas no ramo de estampagem,
para isso, contando com servidores do DETRAN.

O prejuízo aos cofres
públicos causado pelo esquema criminoso ainda está sendo calculado. Mas já é
possível afirmar que a população foi a mais prejudicada pelo esquema, já que
com um cartel formado o valor dos serviços acabam por ser tabelados.

A operação contou com a
participação de 150 policiais civís e 05 agentes da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC). A investigação
apura a ocorrência dos crimes de formação de cartel, corrupção passiva e
organização criminosa.


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