Venda irregular de terrenos públicos tem novo desdobramento em Goiânia

Policiais estiveram novamente na sede da Codego apreendendo possíveis provas sobre a negociação entre a estatal e empresa do filho de Carlinhos Cachoeira | Foto: Reprodução.

Postado em: 23-10-2020 às 10h42
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Venda irregular de terrenos públicos tem novo desdobramento em Goiânia
Policiais estiveram novamente na sede da Codego apreendendo possíveis provas sobre a negociação entre a estatal e empresa do filho de Carlinhos Cachoeira | Foto: Reprodução.

Nielton Soares

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO)
segue investigando a suposta venda de terrenos públicos no Distrito
Agroindustrial de Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. Na manhã desta
sexta-feira (23), foi deflagrada a Operação Aurantiaco pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção
(Deccor).

No total, os policiais cumprem 10
mandados de busca e apreensão, sendo nove deles na Capital e um em Anápolis.

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As informações são de que as
ações trata-se de um desdobramento de apuração de negociações de terrenos
públicos pela Companhia e Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).

MP-GO

Um inquérito civil público do
Ministério Público de Goiás (MP-GO) chegou a ser instaurado, em julho deste
ano. Os promotores de Justiça tenta averiguar as supostas irregularidades relacionadas
ao contrato celebrado com a empresa ETS Importação e Exportação. A companhia pertence
a Matheus Henrique Aprígio Ramos, filho de Carlos Cachoeira. E, foram compradas
duas áreas de 22 mil metros quadrados (m²), no Distrito Agroindustrial de
Anápolis (Daia). O valor da movimentação foi de R$ 53.424,62.

Já na Justiça, a juíza Elaine
Christina Alencastro Veiga Araújo, da 3ª Vara Cível de Anápolis, concedeu
liminar mantendo o contrato entre a Codego e a ETS. Uma vez que o acordo havia
sido rompido após revelação de que o filho de Cachoeira era o responsável pela
construção do empreendimento no Daia.

Fim do contrato

A Codego alegou que houve o rompimento
do contrato por princípios da eficiência e da supremacia do interesse público.
Na ocasião, a magistrada notificou a estatal para apresentar explicações sobre
as suspeitas de irregularidades. Antes, a Codego informava que a construção do
shopping seria feita por uma empresa de Minas Gerais, chamada Grupo Marítimo. Porém,
somente a empresa do filho de Carlinhos Cachoeiro tinha assinado o contrato,
isso em 20 de abril deste ano.

Outra operação

Essa não é a primeira vez neste
ano que policiais comparecem na sede da Codego. No dia 15 de julho, uma operação resultou na prisão do presidente do partido Democratas (DEM) de Anápolis,
Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai Toledo.

Na ocasião, eram apurados
supostos crimes contra a administração pública, corrupção passiva e ativa, além
de lavagem de capitais e fraude de licitações. 

Leia também:

Policia Civil investiga contrato da Codego com empresa de filho do Cachoeira, em Anápolis 

 

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