Goiano que agrediu a namorada na Irlanda diz ter saído do país após ameaças de morte

A jovem disse que estava dormindo quando acordou com socos do namorado. - Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Postado em: 04-11-2020 às 14h30
Por: Raphael Bezerra
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A jovem disse que estava dormindo quando acordou com socos do namorado. - Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Ana Julia Borba

O goiano José Augusto Júnior, de 28 anos, natural de Anápolis, disse que a decisão de sair da Irlanda aconteceu depois de sofrer ameaças de morte, mas que vai se apresentar à Justiça com um advogado. José Augusto agrediu sua namorada com socos e chutes no último sábado (31), na Irlanda. 

Julia Freitas, de 19 anos, contou à polícia que estava dormindo quando foi acordada com vários socos no rosto. “Ele viu umas mensagens antigas no meu celular, que não vinham ao caso porque são de quando a gente não estava junto. Acordei e, quando olhei, ele estava sentado em cima do meu peito, com os joelhos nos meus braços. Ele me imobilizou e, como não tive condições de me mexer, começou a me bater demais. Implorei para ele parar e não me matar, mas ele dizia que ia me matar”, contou.

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Em depoimento, a jovem contou que só conseguiu se livrar das agressões pois amigos próximos estavam perto do local e “ouviram gemidos e bateram na porta para ver se estava tudo bem. Eles se deparam com a minha boca cheia de sangue e meu rosto ensanguentado, ele não parava de me bater. Desmaiei duas vezes durante as agressões”. Após os amigos encontrar

José Augusto alegou não estar escondido e que aguarda a espera de seu advogado. “Eu me apresentei, não tinha queixa, eu fiquei em aguardo. No outro dia, prestaram queixa, só que eu já não estava mais em Navan, porque eu sofri diversas ameaças de morte. Não estou escondido. Assim que eu puder, vou à Irlanda me apresentar. Estou esperando meu advogado e, quando ele achar que for o momento correto, vou me apresentar e me colocar à disposição da Justiça da Irlanda”.

“Não foi uma tentativa de homicídio. Foi uma agressão e uma agressão grave, então eu mereço pagar sim. Eu não tenho muito o que falar, porque é injustificável. Se eu falar o motivo [da agressão], vai expor ainda mais a menina, e ela está sofrendo demais. Eu tenho consciência do meu erro, assumo ele, por mais que eu tenha motivo, isso não justifica. Só quero pagar pelo meu erro”, disse.

Em nota, a Embaixada do Brasil em Dublin informou que está prestando assistência consular à jovem, como orientação e apoio. “A denúncia foi apresentada à polícia irlandesa, e estamos informados de que investigações avançam aqui na Irlanda. Existe, também, a possibilidade de a Júlia acionar a delegacia da mulher no Brasil”, diz o comunicado.

 

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