Fim de ano pode ajudar a recuperar movimentação da Rua 44, em Goiânia

Medidas restritivas por conta da pandemia causaram grandes prejuízos a trabalhadores da região - Foto: Divulgação

Postado em: 05-11-2020 às 10h34
Por: Raphael Bezerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Fim de ano pode ajudar a recuperar movimentação da Rua 44, em Goiânia
Medidas restritivas por conta da pandemia causaram grandes prejuízos a trabalhadores da região - Foto: Divulgação

Luan Monteiro

Após quatro meses de fechamento, e três meses de
funcionamento parcial e sem a presença de caravanas de compras, a retomada das
atividades na região da Rua 44, em Goiânia, anima os autônomos e empresários
que trabalham no polo confeccionista.

Trabalhadores como Leandro de Jesus, 43 anos, também
conhecido como “Galego”, que trabalha como carregador de mercadoria na 44 há
oito anos. “Foi difícil aguentar esses meses que a 44 não funcionou. Em casa, é
só eu trabalhando. A sorte é que minha esposa conseguiu o Auxílio Emergencial,
foi o que nos salvou nesses meses que não tinha movimento na região”,  revela.

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A Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) estima que
a região receba cerca de 3 milhões de compradores nos meses finais deste ano.
De acordo com o presidente da associação, Crhystiano Câmara, a retomada gradual
da 44 tem sido a grande salvação para milhares de trabalhadores e profissionais
autônomos que tiram todo ou parte de seu sustento da região. “Além dos lojistas
e vendedores, há uma enorme quantidade de trabalhadores autônomos que dependem
da 44. São carregadores de mercadoria, guias de excursões, motoristas, modelos,
assessores de moda, costureiras, enfim, muita gente que vive da movimentação
que temos aqui no polo”, destaca.

Crhystiano estima que cerca de cinco mil trabalhadores
autônomos tenham o polo da 44 como fonte de renda, sem contar os postos de
trabalho formal, que chegam a 150 mil trabalhadores, mas que recebeu uma queda
de 13% por conta das restrições da pandemia. “Esses postos de trabalho
perdidos, sejam eles com carteira assinada, ou para profissionais autônomos,
começam aos poucos a serem recuperados”, comenta.

Segundo o presidente de honra da AER44, Jairo Gomes, este
ano o número de pessoas que passará pela região da 44 será 40% menor do que em
relação ao ano passado. Mas mesmo com essa queda, Jairo avalia que o número é
bastante positivo para a retomada econômica da região e redução dos prejuízos
causados pela pandemia. “Apesar de ter sido um ano realmente muito atípico,
esperamos que a queda nas vendas seja de apenas 20% na comparação com o final
de ano em 2019”, avalia.

 

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