Homem negro é espancado até a morte em supermercado de Porto Alegre

Dois homens, um deles PM, foram presos por agredir e matar João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos - Foto: Reprodução

Postado em: 20-11-2020 às 08h26
Por: Raphael Bezerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Homem negro é espancado até a morte em supermercado de Porto Alegre
Dois homens, um deles PM, foram presos por agredir e matar João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos - Foto: Reprodução

Luan Monteiro

Um homem negro foi espancado e morto por dois homens em
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, na noite da última quinta-feira (19), véspera
do Dia da Consciência Negra. João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi
agredido em uma unidade do Carrefour na cidade.

Segundo informações da Brigada Militar, como é chamada a
Polícia Militar no Estado, o espancamento começou após a vítima se desentender
com uma funcionária do supermercado. A vítima teria ameaçado bater na
funcionária, que chamou o segurança.

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Os dois suspeitos, um de 24 anos e outro de 30 anos, foram
presos em flagrante. Um deles é policial militar e foi encaminhado para um
presídio militar. O outro, segurança da loja, está a disposição da Polícia
Civil. Os dois poderão ser indiciados por homicídio qualificado.

Em nota, o Carrefour informou que lamenta profundamente o
caso e que iniciou uma apuração rigorosa para que os responsáveis sejam
punidos. A rede também atribuiu a agressão aos seguranças e anunciou o
rompimento de contrato com a empresa responsável.

Leia a nota na
íntegra

O Carrefour informa que adotará as medidas
cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá
o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a
agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente
será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em
contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário.

O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao
tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração
interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os
responsáveis sejam punidos legalmente. Para nós, nenhum tipo de violência e
intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam.
Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os
desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais.

 

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