Mulher viu quando marido foi morto por seguranças e suplicar socorro

Milena Borges contou que foi impedido de se aproximar do esposo. Acusados foram presos, um deles é um PM é foi levado para prisão da corporação | Foto: Rede social

Postado em: 20-11-2020 às 11h15
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Mulher viu quando marido foi morto por seguranças e suplicar socorro
Milena Borges contou que foi impedido de se aproximar do esposo. Acusados foram presos, um deles é um PM é foi levado para prisão da corporação | Foto: Rede social

Nielton Soares

A esposa do homem morto por
seguranças de um hipermercado de Porto Alegre (RS) acompanhou todo o momento de
agressões. Milena Borges Alves, de 43 anos, contou que quando chegou o marido, João
Alberto Silveira Freitas, 40, já estava imobilizado e implorava por socorro.

“Quando cheguei, ele já
estava imobilizado. Ele pediu ajuda, quando fui, os seguranças me
empurraram”, afirmou a esposa da vítima. Todo a ação dos seguranças,
incluindo um policial militar, foi filmado por testemunhas.

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O episódio de agressão com
indícios de crime de racismo ocorreu na noite de quinta-feira (19/11). “Eu
estava pagando no caixa. Ele desceu na minha frente”, disse Milena a uma Rádio
Gaúcha na manhã desta sexta-feira (20).

Explicações

Por nota, o Carrefour,
estabelecimento onde ocorreu o crime, informou que fará uma “rigorosa apuração”
após a morte do homem negro. O hipermercado cita ainda que irá rescindir o contrato
com a empresa que presta serviços de segurança na unidade.

A titular da Polícia Civil do Rio
Grande do Sul (PC-RS), delegada Roberta Bertoldo, relatou que a vítima teria
desferido um soco contra um dos seguranças, antes do espancamento. Mas as
investigações são preliminares.

A delegada citou ainda que: “A
causa da morte é que ele possa ter tido um ataque cardíaco em função das
agressões e de estar sendo pressionado, porque ele ficou no chão e duas pessoas
em cima dele o contendo”, apontou.

Acusados

Os seguranças filmados agredido a
vítima foram identificados como Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva. Um
deles é PM e foi encaminhado para um presídio da corporação.

Já o outro é segurança do hipermercado
e foi para uma unidade da Polícia Civil. Os dois foram autuados por homicídio
qualificado.

 

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