Guarda civil metropolitano é indiciado por matar adolescente em Silvânia

Igor Afonso

O guarda civil metropolitano Willian Dilva Pinto foi indiciado
por matar um adolescente e atirar contra outros quatro, no município de
Silvânia. Câmeras de segurança flagram o momento em que os adolescentes estavam
conversando em frente a um bar e o guarda atira contra eles.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Leonardo Sanches,
o crime foi por motivo fútil. “Ele foi indiciado por homicídio duplamente
qualificado e por quatro tentativas de homicídio. O crime foi motivo fútil e
sem a possibilidade de defesa da vítima”, disse.

O inquérito foi concluído pela corporação na última
quinta-feira (3) e encaminhado ao Ministério Público que, segundo o delegado,
ofereceu a denúncia à justiça na última segunda-feira (7), sem alterações. O guarda é trabalhador da Prefeitura de Goiânia e se
entregou a polícia, confessou que cometeu o crime para “proteger a arma” dele e
não deu mais detalhes. “Sobre a motivação, ele alega que foi para proteger sua
arma. Bem confuso. Reafirmando a linha de investigação da polícia de que, de
fato, não teve motivação aparente para esse crime bárbaro”, disse o delegado.

Até a manhã desta terça-feira (8), o guarda continuava preso
no presídio de Silvânia.

Relembre o caso

Segundo o delegado, a vítima e os outros adolescentes
estavam em uma praça da cidade e decidiram passar em um bar onde o suspeito
estava, para tentar comprar uma bebida mas, o dono não quis vender. O suspeito
atravessou a rua onde estavam os adolescentes.

“Ele foi até eles e começou a perguntar: ‘Eu estou devendo
alguma coisa para vocês?’. Ele repetiu isso três vezes. Os adolescentes, todos
menores de idades, ainda responderam que não, que não queriam confusão, mas ele
levantou a blusa, deu dois tiros para o alto e descarregou o restante nos adolescentes”,
relatou e informou que o adolescente foi atingido por um tiro de raspão no
ombro e outro no pescoço, morrendo no local.

Câmeras de segurança também registraram que o atirador fugiu
na garupa de uma moto e até o momento, o dono da moto não foi localizado. De
acordo com as investigações, o autor dos disparos havia se envolvido em uma
briga, pouco antes do crime, com o filho do dono do bar. Porém, segundo o
delegado, a discussão não tem relação com a morte do adolescente.

O investigador completou que a vítima não conhecia o
atirador e não tinha qualquer desentendimento com ele.