Padre Robson: denúncia de corrupção na Igreja é dividida em 4 núcleos; confira

Segundo o MP, organização criminosa era composta por: “família cabriny”, “operacional”, “núcleo dos laranjas” e “núcleo dos beneficiários” | Fotos: Reprodução

Postado em: 11-12-2020 às 09h00
Por: Nielton Soares
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Segundo o MP, organização criminosa era composta por: “família cabriny”, “operacional”, “núcleo dos laranjas” e “núcleo dos beneficiários” | Fotos: Reprodução

A denúncia contra o padre Robson
e mais 17 pessoas suspeitas de envolvimento nos desvios de dinheiros de
entidades ligadas à Igreja Católica, em Trindade, foi dividida em quatro partes
pelo Ministério Público de Goiás.

A ação foi recebida pela juíza
Placidina Pires, nessa quinta-feira. E, segundo os promotores de Justiça, os
acusados formavam “uma organização criminosa com o propósito de se apropriar
indevidamente do dinheiro destinado às AFIPEs, em prejuízo das próprias
entidades e de seus respectivos associados”.

1 – “Família cabriny”: constituída
por Onivaldo Oliveira Cabriny Costa Júnior, Gleysson Cabriny de Almeida Costa e
Bráulio Cabriny de Almeida Costa, que supostamente auxiliavam o religioso a
cometer diversos crimes. Eles são proprietários da empresa GC Construtora e
Incorporadora, que teria sido utilizada para desviar patrimônio das AFIPEs.
Usada para celebrar os negócios jurídicos simulados.

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2 – “Operacional”: foramda por
Rouane Caroline Azevedo Martins, apontada como braço direito do sacerdote, que
possivelmente gerenciou e organizou toda atividade lícita e ilícita. Outro é Anderson
Reiner Fernandes que teria se utilizado da formação jurídica para auxiliar o
grupo em atividades lícitas e ilícitas. E teria organizado as fraudes e
figurado em diversas transações ilícitas, sendo “laranja”.

3 – “Núcleo dos laranjas”: Celestina
Celis Bueno, Rodrigo Luis Mendoza Martins Araújo, Ana Verônica Mendoza Martins
e Anderson Matheus Reiner Fernandes, que, segundo denúncia, cediam identidade para
a realização de negócios, seja na aquisição de bens (casas, lotes,
apartamentos, empresas), seja para ocultar movimentações financeiras
criminosas, fornecendo contas bancárias.

4 – “Núcleo dos beneficiários”: seria
a própria família do padre Robson. São acusados a mãe dele, Elice de Oliveira Pereira,
o pai José Celso Pereira, o irmão Jeferson de Oliveira Pereira e duas irmãs Adrianne
de Oliveira Pereira e Joselice de Oliveira Pereira Carvalho. Os familiares
teria recebido e usufruíram da posse de imóveis pagos com dinheiro desviado das
AFIPEs. Incluindo uma casa de mais de R$ 1 milhão.

A reportagem entrou em contato
com a defesa, mas até o fechamento da matéria não teve um posicionamento. O
espaço segue em aberto.

 

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