Grupo é suspeito de “vender” cargos comissionados ‘fake’ no governo

Alguns vítimas chegaram a sequestrar um dos membros da organização para tentar recuperar dinheiro | Foto: Divulgação PC-GO

Postado em: 17-12-2020 às 09h45
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Grupo é suspeito de “vender” cargos comissionados ‘fake’ no governo
Alguns vítimas chegaram a sequestrar um dos membros da organização para tentar recuperar dinheiro | Foto: Divulgação PC-GO

Nielton Soares

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO),
nessa quarta-feira (16), prendeu quatro suspeitos de pertencerem a uma
associação criminosa voltada para a prática de estelionatos. O crime constitui
no engano de vítimas com falsas promessas de obtenção de cargos comissionados
junto ao governo estadual.

Para o cumprimento dos mandados
de prisões temporárias e buscas, a 15ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de
Goiânia, deflagrou a Operação Influência Fake.

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Segundo as investigações, os
suspeitos captavam interessados em obter vagas em cargos comissionados junto ao
Governo Estadual. Na sequência, realizava reuniões visando dar credibilidade às
promessas nas obtenções dos cargos, termos e valores que seriam destinados a
suspeito influente junto ao governo, na desculpa da liberação dos cargos
obtidos.

Durante os encontros, entrava em
cena mais um membro da quadrilha, este apresentado aos interessados como sendo
a pessoa que teria contatos na administração pública e que obteria as vagas,
porém depois do pagamento de valores solicitados.

De acordo com a polícia, o captador
de interessados nos cargos era um cirurgião dentista. A participação dele tinha
a finalidade de dar credibilidade ao golpe, sendo os encontros realizados no
próprio consultório odontológico.

Vítimas

Ao todo, já foram identificadas
10 vítimas da quadrilha, sendo apurado que os interessados repassavam em média
R$ 20 mil aos estelionatários para a obtenção das vagas fictícias. Com isso, a
quadrinha deve ter conseguindo tirar das vítimas cerca de R$ 200 mil.

Em 18 de julho do ano passado,
três das vítimas e membros de uma mesma família teriam sequestrado o cirurgião
dentista e exigido da esposa, a título de libertação, a devolução dos valores
repassados à quadrilha.

Por esse fato, as vítimas do
golpe foram presas e atuadas em flagrante pelo crime de extorsão. Naquele
período, os integrantes da associação criminosa foram detidos temporariamente

Nessa operação, foram ainda
cumpridas buscas nas residências dos suspeitos com a finalidade de apreender
objetos e documentos.

Os investigados podem ser indiciados
pelos crimes de estelionato e associação criminosa. As penas podem somar até 8
anos de prisão.

 

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