Após polêmicas em suspeitas de fraude, IBGH deve deixar gestão em hospitais goianos

Instituto gere hospitais estaduais em Pirenópolis, Jaraguá e Santa Helena de Goiás | Foto: reprodução

Postado em: 05-01-2021 às 17h35
Por: Carlos Nathan Sampaio
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Instituto gere hospitais estaduais em Pirenópolis, Jaraguá e Santa Helena de Goiás | Foto: reprodução

Nathan Sampaio

Após poucos dias da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES) solicitar aos responsáveis do Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), que gerem hospitais em Pirenópolis, Jaraguá e Santa Helena de Goiás, uma manifestação acerca do interesse e capacidade em permanecer prestando serviços para a Secretaria, a Organização Social informou que deixará de gerir os hospitais nas respectivas cidades. Assinado pelo Secretário Estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, um despacho dava o prazo de 30 dias contados a partir de 31 de dezembro de 2020.

Segundo a SES, o Instituto respondeu, por meio de ofício, que não tinha mais interesse em continuar na gestão do Hospital Estadual de Pirenópolis Ernestina Lopes (HEELJ), Hospital Estadual de Jaraguá Dr. Sandino de Amorim (HEJA) e Hospital Estadual de Urgências da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO). Com a informação, o secretário determinou a abertura de chamamento público regular e emergencial para contratação de outra Organização Social com o objetivo de gerenciamento, operacionalização e execução das atividades desses três hospitais.

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Em nota o Ismael diz: “isto posto, encaminhem-se os autos às Superintendências de Performance, de Gestão Integrada, de Atenção Integral à Saúde, do Complexo Regulador em Saúde de Goiás e à Subsecretaria de Saúde para conhecimento e providências, com a máxima urgência que o caso requer”. Com isso, o IBGH deixará a gestão dos hospitais imediatamente após a contratação da nova OS.

Polêmicas

Ainda em dezembro de 2020, algumas polêmicas envolveram o IBGH, quando a deflagração da Operação Tolueno, da Polícia Federal (PF), investigou a Organização Social pela suspeita de compra de álcool em gel e máscaras irregulares e por valores superfaturados. O Estado chegou a afastar três diretores do instituto no hospital de Pirenópolis, alvos da investigação, o que levou a própria SES a informar que se as OSs não tivessem transparência em seus processos poderiam ser “expulsas do Estado.”

Procurada pela reportagem, a assessoria do IBGH encaminhou uma nota. Confira na íntegra:

O Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), Organização Social de Saúde referência em excelência operacional, está colaborando, desde o princípio, com o andamento das investigações da Polícia Federal que apuram suposta adulteração de álcool em gel por empresa fornecedora.

O IBGH recebeu toda a documentação de aquisição do produto e vem colaborando com todas as informações e esclarecimentos necessários. É inverídica a afirmação de reportagem de que o IBGH é investigado por desvio de dinheiro público.

Também desde a deflagração das apurações, a instituição tem a plena convicção técnica de que não houve qualquer irregularidade na execução do contrato em questão. Vale ressaltar que, independentemente do encerramento do contrato de gestão compartilhada, nos mantemos à disposição das autoridades.

É imprescindível ressaltar que o encerramento dos contratos de gestão foi pactuado em detalhes com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), de forma a garantir a plena continuidade da prestação dos serviços médicos aos pacientes das três unidades até a completa transição entre Organizações Sociais de Saúde.

A excelência operacional, o atendimento humanizado, o serviço médico de alta qualidade, a transparência e o compromisso com a gestão são princípios basilares do IBGH, que tem como missão maior cuidar e salvar vidas.  

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