PC-GO desarticula complexo esquema aeronáutico de tráfico de drogas

A Polícia Civil encontrou um cemitério clandestino de desmanche de aeronaves em Anápolis - Foto: Reprodução/PC

Postado em: 18-01-2021 às 11h15
Por: Redação
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A Polícia Civil encontrou um cemitério clandestino de desmanche de aeronaves em Anápolis - Foto: Reprodução/PC

Igor Afonso

A Polícia Civil (PC), através da Delegacia Estadual de
Investigações Criminais (Deic), por meio do Grupo Antissequestro (GAS) deflagou
no último dia 13 de janeiro, a Operação Voo Cego. As investigações tiveram
início com o desaparecimento do piloto Ivo Benassi  Billegas, que decolou do  aeroporto de Anápolis no dia 21 de fevereiro
de 2018 e não foi mais localizado.

Com as investigações, os policiais civis do GAS/Deic
descobriram que o piloto desaparecido realizava vôos para o tráfico de drogas e
que mais outros dois pilotos de Anápolis também encontravam-se desaparecidos.
Estes desaparecidos, eram ligados a um grupo criminoso baseado em Anápolis e
que utilizava o aeroporto da cidade como base, segundo a PC.

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A organização criminosa aliciava pilotos de aeronaves para
realizarem vôos com o propósito de buscar drogas em países vizinhos,
principalmente na Bolívia, além de realizar a preparação de aeronaves  para o tráfico. Os aviões faziam vôos baixos
para fugir do controle do espaço aero e com equipamentos de localização e eram
abastecidos durante o vôo através de galões de combustível.

A investigação apontou que um dos presos na operação levou
Ivo Benassi Billegas, piloto inexperiente, até São Félix do Xingu, no Pará, de
onde teria decolado para a Bolívia e não mais retornado. Dois membros da
organização criminosa foram alvo de mandados de prisão temporária, sendo
apreendidos com um deles uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38 sem
registro.

Além disso, os policiais civis cumpriram mandados de busca e
apreensão em hangares do aeroporto de Anápolis, que resultaram na apreensão de
setes aeronaves suspeitas de serem utilizadas pelo grupo nos voos clandestinos.

As investigações também apontaram a existência de um galpão
utilizado pela quadrilha onde foram apreendidas mais quatro aeronaves sendo
reformadas e preparadas, além de várias peças e partes de aviões. As
aeronaves encontradas no galpão não possuíam qualquer tipo de identificação,
sendo que foram retirados delas todas as plaquetas e sinais de identificação.

As aeronaves encontradas no galpão não possuíam qualquer tipo de
identificação, sendo que foram retirados delas todas as plaquetas e sinais de
identificação.

Os investigados no inquérito policial devem ser indiciados
pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o
tráfico. De acordo com as investigações, os três pilotos desaparecidos foram
vítimas de acidente aéreo, provavelmente ocorridos fora do Brasil.

 

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