Caminhoneiros não aderem à greve em Goiás
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos de Cargas de Goiás, Vantuir José Rodrigues, afirma que não é o momento adequado para paralisações | Foto: Reprodução
Por: Redação
Maiara Dal Bosco
Em Goiás os caminhoneiros não devem aderir à greve que vem sendo anunciada desde a última semana, com início previsto para ontem (01). É o que afirma o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos de Cargas de Goiás (SINDITAC-GO), Vantuir José Rodrigues. Na última semana, rumores de uma paralisação a nível nacional da categoria ganharam força. Entre as reivindicações estariam questões como a necessidade de um marco regulatório do transporte e o preço do óleo diesel.
Em entrevista ao jornal O Hoje, Vantuir destacou que a greve anunciada não teve adesão em praticamente todo o País. Segundo ele, este não é o momento adequado para paralisações. “O caminhoneiro não está concordando não somente em Goiás. Acredito que realmente temos que realizar uma reivindicação, mas na hora certa. Estamos vivendo uma pandemia. Com a vacina, vai haver manifestação e negociaremos com o governo questões como valor de pedágio, preço do óleo diesel, aposentadoria especial, marco regulatório, entre outras pautas, já que 68% do transporte feito no Brasil é realizado por caminhoneiros autônomos.”, afirmou.
Sobre a tentativa de bloqueio na BR-060/GO, na altura de Guapó, que foi realizada por manifestantes no início da tarde de ontem (01), o presidente do SINDITAC pontuou que a ação não tem ligação ou apoio do Sindicato. “Não tem a ver com a decisão da categoria. Muitas pessoas estão morrendo com a pandemia, imagine se o caminhoneiro parar”, disse.
Diante do cenário da ameaça de paralisação, o presidente Jair Bolsonaro, realizou, no sábado (30), um apelo para que a categoria não aderisse à greve. “Fiz apelo aos caminhoneiros. Sabemos dos problemas deles. Se tivesse condições, zeraria PIS/Cofins do óleo diesel, que está em R$ 0,33, mas não é fácil”, disse.
Na ocasião, o presidente destacou ainda que “foi em cima da Petrobras”. “Eu fui em cima da Petrobras, para pegar números, porque eu não interfiro na Petrobras. O Roberto Castello Branco me disse que o preço dos combustíveis varia com o dólar. Por mim, baixava o preço do dólar, mas está difícil”, afirmou. Também segundo Bolsonaro, a Petrobras afirmou que o preço do combustível brasileiro é o mais barato entre os BRICS e um dos mais baixos do G20. (Especial para O Hoje)
