Programa Cão-Guia procura famílias socializadoras voluntárias

O programa é gratuito e está precisando de voluntários para abrigar e treinar cachorros para serem cães-guias | Fotos: reprodução

Postado em: 07-02-2021 às 17h30
Por: Nielton Soares
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O programa é gratuito e está precisando de voluntários para abrigar e treinar cachorros para serem cães-guias | Fotos: reprodução

Igor Afonso

O Programa Cão Guia é uma iniciativa do Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e o Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos, que tem o objetivo de formar novos Treinadores e Instrutores de cães-guias, assim como treinar e fornecer os animais como ferramenta de inclusão para pessoas cegas ou com baixa visão.

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O processo de formação de um cão-guia é composto por três etapas: socialização, treinamento e adaptação. A primeira fase acontece quando o cachorro possui três meses de vida e é colocado sob a responsabilidade de uma família socializadora voluntária. 

Neste período os animais são levados para todos ambientes sociais possíveis, tais como ambientes de trabalho, academias, shopping centers, restaurantes, ônibus, etc. Essa fase é importante para o desenvolvimento das três principais características de um cão-guia: educação, obediência e foco no trabalho de guiar. Durante essa etapa o socializador é assistido pela equipe do programa, formada por instrutores, treinadores e médicos veterinários.

Caroline Clemente é estudante de medicina veterinária e voluntária no projeto há aproximadamente seis meses juntamente com a namorada, Graziela. As duas contam que passaram por um processo seletivo para serem escolhidas como mães socializadoras. “Eu conheci o projeto através de uma professora, ela me explicou como funciona, eu me inscrevi, li o manual do voluntário, foi feita uma triagem para provar que somos uma família não-violenta e que estamos realmente dispostas a cuidar e ensinar o cão-guia”, relata.

Caroline e Graziela são mães socializadoras do Erê, um labrador de 10 meses de vida. As duas narram que as principais mudanças que houveram em suas vidas desde a chegada do Erê, foram os horários. “Antes a gente não tinha horário com nada e com ele a gente precisa ter horário para gastar a energia dele, estar mais atenta a ele, é como se tivéssemos um bebê em casa”, contam e pontuam também que não têm muitos gastos, “brinquedos, apito, ração é tudo por conta do projeto”. Assim que o treinamento for encerrado, Erê estará pronto para ser cão-guia de uma pessoa cega.

Na segunda fase do treinamento animal, o cachorro retorna para o instituto, onde será treinado durante um período de 4 a 6 meses. Nesse momento é feito uma seleção dos candidatos a usuário de cão-guia. Após essa seleção, o candidato selecionado é convidado a realizar o curso de formação de dupla, também conhecido como processo de adaptação, terceira e última etapa do treinamento.

Nesta fase, que tem duração média de um mês, o deficiente visual fica hospedado no Centro de Convivência por um período de 3 semanas. A quarta semana de adaptação, o instrutor acompanha o cego e o cão-guia em seu local de residência, no processo de adaptação domiciliar.

O projeto precisa de voluntários para serem as famílias socializadoras dos futuros cães-guias, para se inscrever no projeto é só acessar o link aqui.

 

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