Anápolis é campeã em empregos no Centro-Oeste

Maiara Dal Bosco

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, apontam que, no ano de 2020, Anápolis foi a cidade que mais gerou empregos em Goiás e em todo o Centro-Oeste brasileiro. No município, o saldo foi positivo com 5.265 novos postos de trabalho com carteira assinada, o que garantiu à cidade o posto de 11º lugar no ranking nacional, que também inclui as capitais brasileiras.

Os empregos gerados em Anápolis correspondem a 3,69% do total a nível nacional. Ao todo, 142.690 postos de trabalho com carteira assinada foram gerados no Brasil. Segundo divulgou o Ministério da Economia, o resultado positivo da geração de mais de 140 mil postos de trabalho se deu apesar do lockdown de estados e municípios, já que, a partir de julho, ocorreu a retomada acentuada e recordes seguidos de geração de emprego formal, sendo o mês de novembro o melhor saldo informado pelas empresas para um único mês.

À ocasião da divulgação dos dados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou a geração destes 142 mil empregos no acumulado do anopassado como uma das notícias mais positivas do setor econômico no período. “No acumulado de 2020 – quando fomos atingidos pela maior pandemia dos últimos 100 anos e tivemos uma queda do PIB de 4,5% – nós geramos 142 mil empregos”, ressaltou.

Dos 5.265 novos postos no município goiano, a Indústria foi o setor que mais contratou no município, com 3.201 empregos. Em seguida, aparecem o setor de Serviços, com 1.132, Construção Civil com 586, Comércio com 316 e Agropecuária, com 30. Mesmo diante do cenário complicado imposto pela pandemia de Covid-19, Anápolis criou 31,83% mais vagas do que o segundo melhor colocado estadual, Rio Verde, que, localizado no sudoeste goiano, criou 3.589 vagas. Já com relação à Aparecida de Goiânia, terceiro município goiano melhor colocado no ranking, a diferença é ainda maior, uma vez que a cidade criou 2.104 empregos formais no período.

Vitor Henrique de Souza Lima, 25 anos, foi uma das 5.265 pessoas que foram empregadas em 2020 em Anápolis. Ele conta que começou a trabalhar no Laboratório Teuto como assistente de otimização, em fevereiro do ano passado e que este é o seu primeiro emprego formal. Segundo ele, antes de ser contratado, atuou como estagiário em outra empresa, o que contribuiu para o cargo que ocupa atualmente. “Foi uma rotina mais próxima da minha área. Agora tenho oportunidade para aplicar aquilo que aprendi na graduação.”, afirmou.

Com relação ao futuro profissional, as expectativas de Vitor são positivas. “A equipe é competente e desenvolvo minhas atividades em um excelente ambiente de trabalho, o que pra mim, é um grande diferencial. A empresa em que trabalho oferece grandes oportunidades de crescimento e profissionalização, então estou bastante confiante em trabalhar aqui e também empolgado com as oportunidades”, destacou.

Expectativa positiva

De acordo com Aurélio Troncoso, economista e professor, Anápolis é uma cidade que tem duas características: industrial e atacadista. “Anápolis tem o DAIA [Distrito Agroindustrial de Anápolis], maior polo industrial de Goiás e um dos maiores do Brasil, com empresas no setor farmacêutico. Além disso, a cidade reúne grandes atacadistas, setor que também não parou durante a pandemia”, pontuou. O professor avalia que Anápolis é, no Estado, a segunda maior arrecadadora de ICMS. “Anápolis tem o segundo maior PIB do Estado. Deixou de ser uma cidade dormitório, e hoje gera empregos principalmente para as regiões do entorno”, disse. (Especial para O Hoje)