Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Aparecida não possui recursos para novos leitos, diz prefeito

O município registrou ontem (18) 75% de ocupação dos leitos públicos para pacientes com Covid-19 | Foto: Reprodução

Postado em: 19-02-2021 às 08h00
Por: Augusto Sobrinho
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O município registrou ontem (18) 75% de ocupação dos leitos públicos para pacientes com Covid-19 | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Os recursos para lidar com a pandemia da Covid-19 em Aparecida de Goiânia estão se esgotando. O prefeito da cidade, Gustavo Mendanha, solicitou uma audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para conseguir recursos e arcar com os custos dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Em Aparecida, a taxa de ocupação dos leitos públicos para pacientes com Covid-19 chegou a 75% ontem (18). “É difícil falar em ampliação sendo que temos dificuldades de pagar aqueles [leitos] que já existem”, afirma o prefeito, pedindo ajuda ao Governo Federal para enfrentar a pandemia. Com o aumento de casos, o isolamento social intermitente deve voltar por meio do escalonamento regional das atividades econômicas.

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Entre as principais preocupações para o enfrentamento da doença está a chegada da nova cepa, que tem um poder de contágio muito maior, afirma ele. “Aumentamos a fiscalização, muitos jovens e pessoas estão fazendo festas aos fins de semana e aglomerando”. Isso pode aumentar consideravelmente o número de contaminados nos próximos dias, alerta. 

Atualmente, a Secretaria do município não possui condições de ofertar novas vagas de UTI. O Comitê de Prevenção e Enfrentamento da Covid-19 analisa o atual cenário para tomar novas decisões. “Nós temos uma maneira própria de lidar com a pandemia”. Cerca de 40% dos leitos de Aparecida estão com pacientes de outras cidades. Com isso, o prefeito pede para que a população se conscientize e adote as medidas de prevenção. “Não queremos que as pessoas deixem de trabalhar, mas que trabalhem com responsabilidade principalmente aos fins de semana”, frisa.

Baixa procura pela segunda dose

Assim como em Goiânia, Aparecida também registrou baixa procura pela segunda dose das pessoas que tomaram a primeira dose da vacina. O governador Ronaldo Caiado frisa que os municípios precisam desenvolver formas de convocar essas pessoas para comparecerem aos postos de vacinação. A aplicação da segunda dose é necessária para que ocorra a produção eficaz de anticorpos. A partir dela, há segurança em afirmar que estas pessoas estão imunizadas.

Começou na quarta-feira (17) em Aparecida a aplicação da segunda dose da vacina Coronavac. Estão sendo imunizados os profissionais de saúde da linha de frente ao enfrentamento da pandemia, além de idosos e pessoas com deficiência que vivem em instituições de longa permanência e que já tomaram a primeira dose da vacina na segunda quinzena de janeiro. O intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 28 dias.

A imunização desse grupo ocorrerá da mesma forma em que foi realizada a primeira aplicação: in loco, com as equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) visitando as unidades de saúde públicas e privadas e abrigos da cidade. Ao mesmo tempo, a vacinação dos idosos com mais de 80 anos estará ocorrendo normalmente nos cinco postos de Aparecida.

 Segundo o prefeito Gustavo Mendanha, em 18 de janeiro, Aparecida de Goiânia recebeu as primeiras 7.200 doses de Coronavac. Agora, cumprindo o intervalo necessário, outra remessa de 7.200 doses começará a ser aplicada nos primeiros grupos imunizados: “Só com a aplicação das duas doses as pessoas estarão totalmente protegidas contra casos graves da Covid-19, ou seja, não correrão risco de internações em leitos intensivos e até de morrer pela infecção causada pelo novo Coronavírus”, informou. (Especial para O Hoje)

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