Lugares ao ar livre mais próximos do verde em Goiânia

Goiânia aparece em primeiro lugar no ranking das cidades mais arborizadas do país, aponta o IBGE | Foto: Reprodução

Postado em: 13-03-2021 às 08h30
Por: Sheyla Sousa
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Goiânia aparece em primeiro lugar no ranking das cidades mais arborizadas do país, aponta o IBGE | Foto: Reprodução

Daniell Alves

A série de reportagens abordando lugares interessantes para visitar em Goiânia termina neste fim de semana. Nas últimas edições de sábado e domingo, O Hoje mostrou locais para ficar mais próximo da natureza e outros para relaxar. Esta edição traz lugares a céu aberto e que a população goianiense pode usufruir de forma gratuita como, por exemplo, os parques. 

Goiânia aparece em primeiro lugar no ranking das cidades mais arborizadas do país, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São mais de 1,2 mil árvores espalhadas pela Capital que possui 94m2 de área verde por habitante. Além disso, são em torno de 250 bosques e mais de 50 parques. Entre eles está o Jardim Botânico, localizado no setor Pedro Ludovico. 

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No local as pessoas podem apreciar o verde, distrair a mente e relaxar a céu aberto. Segundo a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), o parque é a maior unidade de conservação e é recordista na diversidade de espécies da fauna e flora. A história do Jardim Botânico de Goiânia começou em 1978, na época do II Congresso Latino Americano de Botânica, promovido pela Sociedade Botânica do Brasil, realizado em Brasília e Goiânia. Após o congresso foi constituído um grupo de trabalho no Instituto Municipal de Planejamento – IPLAN para elaboração do projeto do Parque. 

Conforme explica o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU), a fisionomia do Parque está dividida em duas áreas distintas separadas pela Avenida 3a Radial. Na área onde funciona a sede administrativa a paisagem é composta por áreas gramadas livres de grandes massas arbóreas, com pouca variedade de espécies ornamentais e sem grande riqueza de composição paisagística. Existem alguns grupos de palmeiras no entorno do lago, touceiras de trepadeiras espalhadas pela área e alguns vasos com espécies ornamentais.

Ao fundo, o aspecto predominante é a vista da mata original, que está coberta por trepadeiras e forma uma grande massa vegetal, contendo inúmeras espécies nativas do cerrado úmido. A mata se estende por toda margem do lago e esta região tem acesso restrito ao público com o objetivo de conservar as características ambientais do local.

As áreas próximas ao lago foram revegetadas com espécies nativas e as árvores apresentam tamanhos entre 2 e 4 metros de altura dependendo da espécie.

Lago das rosas

Rodeado de árvores de grande porte, o Lago das Rosas está localizado no Setor Oeste. Ele foi fundado na década de 40 e tem este nome devido a um jardim de rosas que havia no local antes do parque ser construído. O Parque abriga o Zoológico de Goiânia e tem cerca de 315 mil metros quadrados, bastante área verde, além de percurso para caminhadas, lagos, mirante, espaço de recreação infantil e estação de ginástica.

Anteriormente era possível nadar nas águas do lado principal. O local é marcado também por elementos do estilo Art Déco, a exemplo do trampolim e as muretas em parte do lago. As massas vegetais do parque estão divididas em áreas de vegetação densa remanescente da mata original de galeria no entorno da nascente do córrego e áreas que passaram por processos de recomposição durante a reforma do parque e que já apresentam exemplares com alturas entre dois e três metros. 

Os lagos se comunicam por dutos que mantém os níveis de água estáveis. Na saída da água para o lago maior, situado próximo à Avenida Anhanguera, a altura do duto permite uma pequena queda d’água. Este mecanismo propicia a aeração da água e o aumento do oxigênio dissolvido, melhorando sua qualidade e as condições de vida da fauna aquática. 

Arte a céu aberto 

Inaugurada há pouco mais de um ano, no setor Central, uma galeria de arte a céu aberto também é uma opção para aqueles que curtem ver arte. São 32 painéis com pinturas e poemas. O objetivo da iniciativa é transformar o espaço em um ponto turístico, explicou a idealizadora do projeto, Lêda Selma. 

De acordo com ela, a ideia foi a de proporcionar alegria e vida a um espaço que estava abandonado. Também tem como meta divulgar a cultura de uma forma diferente. “Quero levar beleza para as pessoas com um proposta diferente de ser a céu aberto, que a criança, o jovem, a família e os filhos visitem esse espaço para ver as pinturas e ler os poemas no Centro da nossa cidade”, disse. A artista explica que as obras falam sobre o meio ambiente, animais, ao Rio Araguaia e à Procissão do Fogaréu, que acontece na cidade de Goiás. 

Tour virtual pela história de Goiânia  

Para aqueles que desejam conhecer novos lugares sem sair de casa, existe um acervo virtual com a referência artística da história de Goiás. A iniciativa, oferecida pelo governo de Goiás, por meio da Secretaria de Cultura (Secult Goiás), permite ver de perto esses espaços, com diversão e informação.

De acordo com a pasta, o recurso tecnológico busca democratizar as visitações aos museus para que todos possam ter acesso a cada uma das instituições que compõem o circuito museológico goiano, gerenciados pela Secult Goiás, como o Museu de Arte Contemporânea, o Palácio Conde dos Arcos, o Museu Pedro Ludovico Teixeira, o Museu Ferroviário Pires do Rio, o Museu Goiano Zoroastro Artiaga e o Museu da Imagem e Som. Para fazer o tour virtual pelos museus, basta visitar no endereço eletrônico:http://www.seduce.go.gov.br/museuvirtual/.

Com esse passaporte, o público poderá se transportar, por exemplo, para o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), espaço que leva o nome do arquiteto que o projetou. Com a ferramenta, é possível percorrer, em 360 graus, todas as instalações do Centro Cultural, inclusive do Museu de Arte Contemporânea (MAC).

Situado à Região Sudoeste de Goiânia, o CCON é um amplo conjunto voltado à arte, que abriga os quatro volumes com formas e usos distintos, sobre uma esplanada retangular, dentre eles, o Museu de Arte Contemporânea (MAC), um dos espaços mais significativos das artes visuais em Goiás.

O espaço é formado por dois salões de exposição, as galerias DJ Oliveira e Cleber Gouvêa, além da Reserva Técnica, auditório e biblioteca temática. O acervo do MAC conta com cerca de 1.200 obras, entre pinturas, fotografias, gravuras, esculturas, instalações, vídeo arte, mídias contemporâneas constantemente exibidas ao publico em recortes curatoriais.

Já no Centro da capital, o visitante tem como opção o Museu Pedro Ludovico, que apresenta-se na história arquitetônica de Goiânia e, principalmente, na memória de sua construção e fundação, como um grande marco da modernidade anunciada e símbolo da ruptura com o passado colonial da antiga capital.

Outro entretenimento é o Museu Zoroastro Artiaga, também situado na região central da cidade. Criado em 1946, pelo Decreto Lei n. 383. O espaço faz uma homenagem ao seu fundador, o professor Zoroastro Artiaga (1891-1972), que foi professor, advogado, geólogo e historiador, e o primeiro diretor da instituição. O museu é uma referência da história de Goiás, onde os objetos que constituem seu acervo refletem e demonstram em sua narrativa, aspectos da diversidade da cultura material e imaterial do Estado de Goiás. (Especial para O Hoje)

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