Após falta de comunicação da prefeitura com Estado, Rogério Cruz reavalia decreto

Prefeito discute se adotará ou não o escalonamento no comércio, após Caiado afirmar que não foi consultado | Foto: Reprodução

Postado em: 26-03-2021 às 19h40
Por: Redação
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Prefeito discute se adotará ou não o escalonamento no comércio, após Caiado afirmar que não foi consultado | Foto: Reprodução

Jailson Sena

Após o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), afirmar que o comércio Goiânia voltaria a funcionar por meio de escalonamento nesta segunda-feira (29/03), medida adotada em Aparecida de Goiânia e que não deu bons resultados após a cidade registrar uma das maiores incidências de Covid-19 no Estado, a ideia está sendo reavaliada. Isso por quê, durante o dia de hoje, o governador Ronaldo Caiado chegou a afirmar que não teria sido consultado sobre o assunto.

A ciência do governador deveria ser fundamental, já que o decreto estadual está em vigor e permitiria o retorno das atividades apenas na próxima quarta-feira (31) e não na segunda. Além disso, o modo “escalonamento”, não é algo que deveria ter sido levado em consideração, visto que não consta nada do tipo no decreto Estadual, que deve ser levado em consideração, acima do municipal.

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Além disso, após receber novos dados epidemiológicos da pandemia, Rogério Cruz também se reuniu com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 para avaliar quais medidas adotar no novo decreto. “As decisões precisam ser analisadas em todos os aspectos para que se construa um equilíbrio entre a saúde pública e econômica da capital”, afirmou a prefeitura em nota à imprensa. Até lá, as medidas atuais valem até domingo, consta no informe. A expectativa é de que mais informações sejam divulgadas neste sábado (27).

Escalonamento

Apesar de aparentemente ter funcionado, o decreto que permitia o escalonamento em Aparecida não teve um bom efeito esperado. No último fim de semana, por exemplo, houve registro de aglomeração em uma feira da cidade. Com isso, o secretário municipal de saúde, Alessandro Magalhães, decidiu fechar o comércio também no sábado pela manhã. 

Já em números, de 14 de março, data da publicação do decreto com as determinações de dias e horários de abertura e fechamento do comércio, até nesta quinta-feira (25), o número total de mortes saltou de 783 para 882 óbitos. Em relação ao número de casos,  houve um acréscimo de 213 para 270 no número de infectados por dia.

Com essas medidas diferentes em Aparecida e outros municípios, o governador Ronaldo Caiado decretou um escalonamento com maior número de dias onde o comércio não essencial, poderá funcionar por 14 dias e depois fechar por mais duas semanas em todo o estado. A medida foi desrespeitada em Aparecida prevalecendo a legislação municipal, e agora se repetirá em Goiânia onde o chefe do executivo estadual não sabia sobre a flexibilização na capital.

“Eu sinceramente não posso opinar sobre isso. Eu não fui consultado sobre o que a Prefeitura vai fazer. Cabe a mim, como governador, manter o que eu disse. Aquilo que me comprometi a fazer eu vou fazer. Sobre Goiânia, eu não fui comunicado”, disse Caiado em entrevista coletiva.

Para o governador, as diversas formas de escalonamento poderiam ser evitadas com uma maior força de vontade. “Se um município decide uma coisa e outro decide outra, não há um Estado policialesco. Temos de criar o bom-senso, buscar que as pessoas se conscientizem de que cada erro é pago em vidas. Estamos embasando o nosso decreto em uma prática já experimentada, por demais conhecida, que é o rodízio de 14 por 14”, finalizou.

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