Número de mortes em idosos registra queda na Capital

Isolamento social e vacinação contra a Covid-19 estão entre os fatores que contribuem para esta tendência de queda, aponta superintendente | Foto: Reprodução

Postado em: 27-03-2021 às 08h27
Por: Raphael Bezerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Número de mortes em idosos registra queda na Capital
Isolamento social e vacinação contra a Covid-19 estão entre os fatores que contribuem para esta tendência de queda, aponta superintendente | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Devido ao isolamento social, casos de Covid-19 em idosos com
mais de 80 anos estão em tendência de queda na Capital. A Secretaria Municipal
de Saúde (SMS) tem registrado menos internações e óbitos nessa faixa etária,
aponta o superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro ternes.

Segundo ele, a tendência de queda pode ocorrer por conta do
isolamento social adotado por esta população após os decretos municipal e
estadual com restrições para evitar o contágio da doença. O superintendente
aponta que, nesta faixa, o isolamento é maior que nas outras mais baixas.

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Além disso, a vacinação também deve ser levada em
consideração nesta análise, uma vez que os idosos residentes da Capital já
começaram a receber a segunda dose da vacina. “Somente vamos observar queda de
internações e óbitos provocadas pela vacina em 15 dias após a aplicação da
segunda dose”, avalia.

O técnico avalia que a adesão à vacinação está dentro do
previsto para a faixa. Mesmo sem dados concretos, ele afirma que a quantidade
de pessoas que estão se vacinando está dentro do projetado, em todas as regiões
da Capital.

Atualmente, mais de 190 mil doses foram aplicadas em
Goiânia, sendo 89 mil em idosos que tomaram a primeira dose. Por outro lado,
somente 18.979 tomaram a segunda dose. Para atingir a proteção esperada, a
estimativa é que pelo menos 50% da população deve ser imunizada contra a
Covid-19.

O horário de atendimento em todos os postos será das 8h às
17h. Não é necessário agendamento, porém, o idoso deve levar o comprovante de
vacinação da primeira, além das cópias dos documentos pessoais (CPF e RG) e
comprovante de endereço.

Alto índice de positivos

Goiânia segue com a testagem por antígeno no intuito de
isolar pessoas assintomáticas e frear a transmissão, considerando o crescimento
exponencial dos casos da Covid19. Desde o início da testagem ampliada da
população, foram realizados 137.609 testes de antígeno, sendo que 16.332
tiveram resultado positivo para a Covid-19, 11,9% do total.

A testagem visa identificar assintomáticos para isolá-los e
frear a propagação do vírus. Essa é a importância dos testes, especialmente em
cenário no qual as taxas de ocupação dos leitos para tratamento beiram os 100%.
O modelo por agendamento visa evitar as longas filas de espera, uma vez que
atendimento é otimizado nos postos de coleta.

“Nas últimas semanas, percebemos que estamos conseguindo
evitar aglomerações e oferecer mais comodidade para a população durante a
testagem”, ressalta a diretora da Vigilância Epidemiológica, Grécia
Carolina Pessoni.

Isolamento não aumenta

Embora grande parte dos idosos tenha permanecido em
isolamento, a poucos dias do retorno do comércio na Capital, Goiás está entre
os piores no quesito isolamento social, de acordo com a plataforma in loco. A
porcentagem gira em torno de 34%. No dia 2 de março, quando o comércio estava
fechado, o índice de isolamento no Estado era de 32,6%. Quase um mês depois, o
percentual teve um aumento de pouco mais de 1%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o índice
seguro para que o Coronavírus diminua a velocidade de contágio é de 70%. O
aumento de casos positivos e falta de vacinas para todos foram previstos pelo
pesquisador José Alexandre felizola Diniz filho, que integra o time de
pesquisadores do Grupo de Modelagem da Universidade federal de Goiás (UFG).

Ele havia alertado, em entrevista ao O Hoje, a necessidade
do isolamento, mas não foi o que ocorreu durante as festas de fim de ano – fato
que contribuiu para a superlotação na rede pública e privada de saúde. “É
importante que as pessoas entendam que só o isolamento social faz com que as
contaminações diminuam. É preciso manter os protocolos e respeitar as
orientações das secretarias de saúde”, explicou. O pesquisador também alertou
que os padrões observados de estabilização de casos são “aparentes”,
pois não se considera o atraso de notificações. (Especial para O Hoje)

 

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