Com redução tímida de contágio, comércio reabre hoje em Goiânia

Dois indicadores possibilitaram o retorno, segundo Prefeitura de Goiânia | Foto: Reprodução

Postado em: 31-03-2021 às 08h25
Por: Augusto Sobrinho
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Dois indicadores possibilitaram o retorno, segundo Prefeitura de Goiânia | Foto: Reprodução

Maiara Dal Bosco

Após 30 dias, as atividades econômicas não-essenciais serão retomadas hoje (31) na Capital. A medida segue o decreto que estabeleceu também em Goiânia o modelo de revezamento 14×14 como medida de enfrentamento à Covid-19. De acordo com a prefeitura, este retorno foi possibilitado devido à análise de dois indicadores: a taxa de contaminação e a de positividade dos testes, que, apresentaram queda e que estimam que também haja a redução da ocupação dos leitos de UTI, que ontem (30), era de 95,4% na rede pública hospitalar estadual.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, foi registrada queda tanto na taxa de contágio como na de positividade dos testes para detectar a contaminação por Covid-19. A taxa de contágio teria caído de 1,05 para 0,94 em uma semana, considerando o resultado mais recente, do dia 26 de março, sendo que, quando está abaixo de 1, a epidemia é considerada sob controle. Esta diminuição confirma a tendência observada no mapa de calor de risco da Covid-19 atualizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), que, desde o dia 12 de março apresenta redução na Região Central – área em que se encontra Goiânia. A taxa caiu de 1,40 no dia 12 para 1,28 e chegou a 1,06 no dia 26.

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Sobre a proporção de testes positivos, de acordo com a SMS, o índice caiu de 40% no dia 17, para 24% no dia 27. Para o superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Yves Mauro, estes índices são positivos e refletem as medidas restritivas adotadas até então. Desde o início da testagem ampliada da população, no dia 05 de agosto de 2020, foram realizados na Capital 141.017 testes, dos quais 16.531 apontaram positivo para a doença. Goiânia chegou, ontem (30), a 130.500 casos confirmados de Covid-19, com 3.532 óbitos.

Para o Secretário Municipal de Saúde, Durval Pedroso, a tendência mostrada nos boletins epidemiológicos permite que as pessoas possam trabalhar com segurança. No entanto, ele ressaltou que a situação ainda é preocupante, mesmo que esteja estável. “O mais importante é entender que a infecção é verdadeira. Esperamos do cidadão o compromisso e a responsabilidade de seguir as normas sanitárias”, frisou, à ocasião do anúncio do novo decreto.

Segundo o médico sanitarista e professor de Saúde Pública do Centro Universitário São Camilo, a situação permanece crítica porque os óbitos e a ocupação de leitos de UTI que estamos vendo hoje, referem-se a casos que se contaminaram cerca de 30 dias atrás, já que se leva em conta a contaminação, o aparecimento da doença e mais três a quatro semanas de internação. Pelo decreto, os horários das atividades serão diferenciados, visando manter o embarque prioritário no transporte coletivo. Haverá reavaliação da situação ao final dos 14 dias de abertura.

Mais mortes

Março é o mês que registrou mais mortes por Covid-19 no Estado. Dos 10 dias mais letais durante a pandemia na Capital, nove foram registrados neste mês. Mesmo com o aumento de 21% nos leitos disponibilizados para o tratamento da doença, o número de pacientes internados em estado grave na rede municipal também vem crescendo. De 220, na primeira semana do mês, o número chegou a 272, na última quarta-feira (24). Nos leitos de enfermaria, no início do mês, a média era de 156 pessoas na primeira semana, e 197, na última.

 A fiscalização do cumprimento do decreto também aumentou no último mês. Segundo o balanço das ações fiscais da Central de Fiscalização da Prefeitura de Goiânia, já foram realizadas 12.003 abordagens, 1.264 notificações, 188 autuações, 939 fechamentos e 9 desmontagens de feiras. Segundo dados da SES-GO, atualizados ontem (30), Goiás chegou a 481.519 casos confirmados de Covid-19. O número de óbitos chegou a 11.432, e a taxa de letalidade a 2,38%.  (Especial para O Hoje)

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