Hospitais do interior vão receber usinas de oxigênio

A empresa tem 45 dias para instalar as centrais | Foto: Reprodução

Postado em: 09-04-2021 às 08h35
Por: Augusto Sobrinho
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A empresa tem 45 dias para instalar as centrais | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Três hospitais da rede estadual irão receber usinas de oxigênio medicinal adquiridas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O pedido havia sido feito pelo titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Ismael Alexandrino após o agravamento da pandemia da Covid-19 no Estado. A compra foi realizada e paga a primeira parcela de um montante de R$ 2,570 milhões. A segunda será feita após a instalação das usinas. 

Estas serão instaladas nos hospitais de Porangatu, Campos Belos e Águas Lindas de Goiás. O pedido da SES foi atendido pelo MPT e Justiça do Trabalho, que destinaram verba para compra das usinas com recursos de indenizações trabalhistas. No dia 23 de março, foi fechado contrato entre a empresa Separar e a Associação Goiana dos Engenheiros de Segurança do Trabalho (Agest). 

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De acordo com o contrato, a Separar tem um prazo de 45 dias para instalar as centrais geradoras de gases medicinais nos três hospitais. A usina com maior capacidade será destinada ao município que fica no Entorno do Distrito Federal (DF). A unidade pode chegar a gerar 40 metros cúbicos de oxigênio por hora. Logo em seguida está a de Porangatu, com capacidade para produzir 22 metros cúbicos por hora. Já a de Campos Belos, pode produzir até 13 metros cúbicos por hora. 

No início deste ano a Secretaria já havia informado que trabalhava para garantir o oxigênio aos pacientes com síndrome respiratória aguda grave, que é uma das principais reações causada pela Covid-19. O estoque de oxigênio nas unidades de saúde do Estado tem sido fundamental para garantir o tratamento de pacientes com a Covid-19. Sem ele, a Saúde poderia entrar em colapso, assim como aconteceu em Manaus (AM). 

Águas Lindas

O consumo de oxigênio tem registrado grande crescimento em razão da segunda onda da pandemia, chegando a triplicar, explica a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems). No último mês, o município de Águas Lindas de Goiás, que fica no Entorno do Distrito Federal (DF), ficou sem estoque de oxigênio para o tratamento de pacientes internados nas unidades com Covid-19. A prefeitura, então, pediu ajuda para o governo do Distrito Federal, que forneceu 35 metros cúbicos de oxigênio para evitar o colapso na cidade. 

De acordo com o prefeito do município, Lucas de Carvalho Antonietti, o desabastecimento ocorreu porque um dos fornecedores teve a carga tombada em um acidente. Durante um período, os pacientes diagnosticados com Covid-19 na cidade foram tratados no Hospital Municipal Bom Jesus. 

Já em Bela Vista, também naquele mês, a rede pública quase ficou sem oxigênio. De acordo com a equipe do Hospital Municipal do município, o produto poderia acabar a qualquer momento, pois só havia quatro tubos para 11 pacientes com Coronavírus.

A demora ocorreu devido ao trânsito enfrentado pelo motorista da van que transportava o produto. Ele ficou preso no congestionamento causado por uma manifestação na BR-153, na Capital, contra o decreto que determinou o fechamento das atividades não essenciais por 14 dias. 

Quantidade segura

A SES informou que os hospitais estaduais de Formosa, Luziânia, São Luís de Montes Belos e Trindade possuem uma quantidade de gás considerada segura, assegurando o atendimento dos pacientes que necessitam de suporte respiratório. Destas unidades, três foram estadualizadas pela atual gestão estadual no ano passado, levando saúde para mais perto do cidadão goiano.

O estoque nos tanques de oxigênio dos quatro hospitais públicos SES-GO localizados no interior, entre eles um dedicado totalmente ao atendimento de Covid-19, é de mais de 21 mil metros cúbicos (m³). Além disso, as unidades têm juntas mais de 130 cilindros extras de 10 m³ para casos de urgências. Em um dos locais ainda há uma usina com capacidade para gerar 20 m³ por hora. (Especial para O Hoje)

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