Em 3 meses, Estado reformou 15 trechos de rodovias

Quase 300 quilômetros foram revitalizados com a técnica do concreto betuminoso usinado quente | Foto: Wesley Costa

Postado em: 15-04-2021 às 08h00
Por: Sheyla Sousa
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Quase 300 quilômetros foram revitalizados com a técnica do concreto betuminoso usinado quente | Foto: Wesley Costa

João Paulo Alexandre

Nos três primeiros meses de 2021, o Governo de Goiás reformou 15 trechos de rodovias existentes em todas as regiões de Goiás. Os trabalhos foram realizados pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). De acordo com a pasta, foram 298 quilômetros que ganharam uma nova capa asfáltica que teve técnicas de engenharia que garantiram a qualidade e durabilidade da intervenção. Isso amplia a vida útil da malha viária.

A Goinfra destaca que há outros 10 trechos de outras rodovias sendo recuperados e que devem ser entregues nos próximos meses. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacou que os pavimentos contam com o mesmo parâmetro e qualidade dos realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que é o departamento que cuida das rodovias federais.

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O presidente da pasta, Pedro Sales, ressaltou que a pandemia da Covid-19 não interferiu no andamento das frentes de serviços. “Em três meses já realizamos ações em eixos estruturantes e prioritários, como rotas turísticas, corredores de escoamento de grãos e trechos de alta circulação de veículos.” Ele lembra das obras que foram realizadas na GO-462, na saída da Capital para Santo Antônio de Goiás.

A rodovia era uma das que sofriam com o grande volume de buracos durante os períodos de chuva. O problema era agravado pela falta de drenagem das águas das chuvas nos bairros que margeiam a rodovia. Os trabalhos, que abrangeram três quilômetros, utilizaram uma nova capa asfáltica em concreto betuminoso usinado quente, a chamada CBUQ.

Outros trechos

Além disso, Pedro destaca a revitalização da GO-213, entre os trevos de Caldas Novas e Rio Quente, e da GO-338, entre Pirenópolis e Posse D’Abadia, distrito de Abadiânia. Nesses trechos, a Goinfra também utilizou a CBUQ. “São trechos que estão, agora, em plenas condições de trafegabilidade para receber os turistas com mais segurança assim que a pandemia for controlada”, afirma.

A pasta também recuperou a GO-222, entre Anápolis e Nerópolis, que é um importante corredor até a GO-080 para escoamento de cargas farmacêuticas e alimentícias. O trecho é um caminho alternativo para Goiânia. A GO-330, entre Campo Limpo e Ouro Verde, também foi beneficiada com os trabalhos.

Localizada no Vale do São Patrício, a rodovia GO-427 teve 2,6 quilômetros revitalizados no trecho que passa pelo perímetro urbano de Jaraguá. A GO-460, desde o município de São Patrícia ao entroncamento da GO-334, e 29,6 quilômetros da GO-334, entre Carmo do Rio Verde e Rubiataba, também foram recuperados.

Outro trecho que sofreu intervenção asfáltica foi a GO-480, nos trechos que ligam os municípios de Rialma e Santa Isabel. Foram cerca de 13 quilômetros recuperados com um novo asfalto. O Centro Goiano e o Norte do Estado também receberam melhorias com os trabalhos realizados na GO-338, entre Hidrolina e São Luiz do Norte. A revitalização atingiu quase 26 quilômetros.

A GO-164, entre Acreúna e Paraúna, também foi contemplada com quase 52 quilômetros do novo asfalto. O governo atendeu aos pedidos dos moradores de Quirinópolis, que pediam a revitalização do perímetro urbano da GO-206. A GO-513 ganhou 24 quilômetros de nova camada asfáltica para atender os produtores de grãos da região. Por fim, a Goinfra ainda reconstruiu 28 quilômetros da GO-210, entre Porteirão e Venda Seca, e da GO-206, no trecho de Gouvelândia ao entroncamento da GO-164. 

GO-010

Apesar dos trabalhos, há trechos que ainda necessitam de atenção da pasta estadual, como a GO-010. O perímetro urbano da rodovia, que inicia na região Leste de Goiânia, sofre com o acúmulo de buracos em sua extensão. Moradores reclamam que várias crateras se formam devido à falta de galerias pluviais para ajudar no escoamento da água. Com as fortes chuvas, a água retém na pista e acaba danificando a massa asfáltica.

Um que chama atenção é que está localizado entre o Residencial Irisville e o Jardim das Oliveiras, no limite entre Goiânia e Senador Canedo. A cratera que se formou no local toma espaço de boa parte da pista. Pela noite, ainda é mais complicado para os motoristas notar o defeito devido à falta de iluminação no trecho. O resultado disso é o grande volume de acidentes e danos materiais nos veículos que passam no local. Vale lembrar que a GO-010 é a única rodovia radial – que tem início da Capital – que não é duplicada. (Especial para O Hoje) 

Edital aprovado, leilão da BR-153 será este mês 

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital de concessão do bloco de rodovias federais formado pelas BRs 153, 080 e 414, em Goiás, Tocantins e no Distrito Federal. Trata-se da mais importante ligação do Meio-Norte do País à Região Centro-Sul.

O bloco alcança 850 quilômetros, sendo que apenas a BR-153, no trecho conhecido como Belém-Brasília, tem 624,8 quilômetros. A concessão será de 35 anos, prorrogáveis por mais cinco. O modelo de licitação é o de leilão híbrido. A empresa interessada apresenta sua proposta com o valor da tarifa básica de pedágio inferior ao determinado no edital e paga um valor de outorga. O leilão está previsto para o dia 29 de abril na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

O edital e o contrato trazem inovações na modelagem, como os descontos de tarifa para usuários frequentes que adotem sistema de pagamento automático. Também está previsto um mecanismo de proteção cambial para mitigar os efeitos das variações do real. A possibilidade de prorrogação do contrato vai evitar a assinatura de um termo aditivo ao final da concessão (o prazo de cinco anos deve ser suficiente para a solução de pendências).

A estimativa é que a concessão gere aporte de R$ 14 bilhões na infraestrutura, entre investimentos e custos operacionais, ao longo da concessão. A BR-153 foi leiloada em 2014, mas a concessionária que assumiu a via não cumpriu as cláusulas do contrato, não passando da fase inicial, que consiste em deixar a estrada pronta para o tráfego, com reparos na pista e na sinalização, e as margens laterais limpas.

Só então começaria a cobrança de pedágio e a execução do Programa de Exploração da Rodovia (PER), com os investimentos definidos no contrato. Com a inadimplência, a concessão foi declarada extinta em 2017. Nessa nova proposta, foram incluídos dois trechos (BRs 080 e 414) para evitar fuga das praças de pedágio na BR-153. (ABr) 

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