Segundo estudo, Goiás é um dos menos afetados na baixa da expectativa de vida por causa da Covid-19

Maior queda ocorreu no Distrito Federal | Foto: Wesley Costa

Postado em: 19-04-2021 às 17h23
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Segundo estudo, Goiás é um dos menos afetados na baixa da expectativa de vida por causa da Covid-19
Maior queda ocorreu no Distrito Federal | Foto: Wesley Costa

Da redação

A pandemia da Covid-19 afetará a expectativa de vida no Brasil. Segundo o estudo liderado pela pesquisadora brasileira Márcia Castro, do Departamento de Saúde Global e População da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, a idade média de vida poderá cair até mais de três anos e meio em alguns estados. Goiás foi um dos que apresentaram a menor queda.

O estado se encontra em 15ª posição, com -1,97 de redução. A expectativa de vida dos goianos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 74 anos e 7 meses. A maior redução ocorreu no Distrito Federal, que possui uma queda estimada de 3,68 anos – de 79,08 anos para 75,40. 

Continua após a publicidade

O Norte, porém, é a região mais afetada. Lá, as piores situações são a do Amapá (com redução de 3,62 anos, de 74,88 para 71,26 anos), de Roraima (recuo de 3,43, de 72,69 para 69,26) e do Amazonas (menos 3,28, de 72,81 para 69,53 anos).

Em São Paulo, a perda deve chegar a 2,17 anos, passando de 79.11 para 76,94 anos. Caso a projeção – que considera óbitos por covid no ano passado – se confirme oficialmente, será a primeira redução nesse indicador nacional desde 1940, conforme os dados do IBGE. Em média, a redução em todo o Brasil será de praticamente dois anos (1,94).

“Essas diferenças, em grande parte, eram esperadas pois refletem as desigualdades regionais, no que diz respeito ao número de médicos, de leitos hospitalares, infraestrutura. No Amazonas, por exemplo, todos os leitos de UTI estão concentrados em Manaus”, afirma Márcia.

“Por outro lado, a maioria dos governadores da Região Norte são apoiadores do governo federal e tomaram decisões muito alinhadas às da Presidência”, continua ela. “A Região Nordeste, a despeito de ter desigualdades comparáveis às da Região Norte, não teve uma perda de expectativa de vida tão grande, porque os governos adotaram mais medidas de prevenção. São vários fatores. Desigualdades importam, decisões políticas importam; é um mosaico complicadíssimo”, finaliza. 

 

Veja Também