Após dois meses, ocupação em UTIs fica abaixo de 90% em Goiás

A taxa média de ocupação entre UTIs e enfermarias é de 75,57% | Foto: Reprodução

Postado em: 20-04-2021 às 08h45
Por: Augusto Sobrinho
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A taxa média de ocupação entre UTIs e enfermarias é de 75,57% | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Depois de permanecer por dois meses com a taxa de ocupação de leitos em Unidade Terapia Intensiva (UTI) acima de 90%, Goiás registrou queda no índice, que está em 87%. Os dados constam no painel sobre a Covid-19 da Secretaria Estadual de Saúde (SES). No total, são 468 leitos ocupados e outros 70 disponíveis na rede estadual. A redução também foi constatada na ocupação dos leitos de enfermaria, que possuem cerca de 250 unidades disponíveis.

O quantitativo representa uma ocupação de 66,2%. A média entre todas as unidades destinadas exclusivamente para tratamento da Covid-19, considerando UTIs e enfermarias, a taxa de ocupação é de 75,57% sendo 320 leitos disponíveis e 871 ocupados.

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Por outro lado, de acordo com a última atualização da Secretaria, há 526.771 casos de doença pelo Coronavírus 2019 (Covid-19) no território goiano. Destes, há o registro de 501.933 pessoas recuperadas e 13.804 óbitos confirmados. No Estado, há 431.715 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 259.119 casos.

Há 13.804 óbitos confirmados de Covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,63%. Há 284 óbitos suspeitos que estão em investigação. De domingo para segunda-feira (19). Segundo dados do Painel Covid-19, Goiás registrou 2.666 novos casos e 132 novos óbitos por Covid-19.

Queda na fila de espera

Em um mês, a quantidade de pessoas na fila de espera por um leito de UTI para Covid-19 no Estado caiu em cerca de seis vezes na rede pública estadual. Em março, no pico da pandemia, eram pelo menos 384 pacientes que aguardaram por uma vaga. A última atualização do Complexo Regulador Estadual (CRE) aponta para 59 adultos e uma criança na fila por um leito.

O secretário da Saúde, Ismael Alexandrino, acredita que, neste ritmo, será possível zerar a fila de espera no fim da próxima semana. 

Três regiões se destacam na queda de internações: a Central, onde fica a Capital; a Pirineus, que tem Anápolis e Pirenópolis; e a Rio Vermelho, que abrange a cidade de Goiás e Itaberaí. No que diz respeito à espera por leitos de enfermaria, de acordo com o CRE, havia cerca de 80 solicitações por vagas neste tipo de local para adultos e um pedido para enfermaria pediátrica destinada especificamente para tratar pessoas contaminadas pelo Coronavírus.

Conforme vem sendo noticiado pelo O Hoje, a taxa de ocupação tem apresentado queda nos últimos dias. Um dos fatores que podem explicar essa redução, afirma o secretário, é o lockdown em algumas cidades e medidas restritivas implantadas por recomendação do COE.

Capital registra mais mortes

Em contrapartida, Goiânia é o sétimo município com mais mortes por Covid-19, segundo ranking que reúne 30 cidades, realizado pelo Congresso em Foco a partir de dados das secretarias de Saúde municipais. Até o dia 13 de abril, Goiânia registrava 4.008 mortes pela doença, ficando atrás somente das capitais: São Paulo, com 24.282 óbitos, Rio de Janeiro, Manaus, Brasília, Fortaleza e Salvador.

Com relação aos casos confirmados de Covid-19, a situação de Goiânia também chama a atenção. A cidade é a nona, entre as 30 primeiras com mais casos pela doença. Já são mais de 128 mil casos.

Situação de calamidade

Em razão da pandemia da Covid-19 e alto índice de casos, um projeto de autoria do Poder Executivo prorroga o estado de calamidade pública em Goiás até dezembro deste ano. A proposta foi aprovada pela Comissão Mista na quinta-feira (15) e deve ir para primeira votação em Plenário na sessão ordinária hoje (20).

A declaração de estado de calamidade pública aconteceu em março de 2020 e tinha validade até dezembro daquele ano. O objetivo foi dispensar o Estado de Goiás do cumprimento de algumas metas fiscais.

 Agora, a Governadoria justifica que a expectativa era de que a situação de emergência já estivesse controlada, o que não aconteceu. “Ao contrário, o cenário que ora se apresenta é de recrudescimento da crise sanitária decorrente da contaminação pelo novo coronavírus. (Especial para O Hoje)

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