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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
OBESIDADE INFANTIL

Psicoterapia ajuda a modificar comportamento

Dentre tantas responsabilidades necessárias na educação infantil, muitos pais acabam negligenciando o comportamento alimentar, que é de grande importância para a saúde. Com o objetivo de desenvolver hábitos alimentares adequados para prevenir sobrepeso e obesidade infantil, a Brinquedoteca Casa da Praça trabalha com o Grupo de Psicoterapia para Crianças. As sessões são ministradas pelas psicólogas […]

Postado em 15 de março de 2016 por Sheyla Sousa
Psicoterapia ajuda a modificar comportamento

Dentre tantas responsabilidades necessárias na educação infantil, muitos pais acabam negligenciando o comportamento alimentar, que é de grande importância para a saúde. Com o objetivo de desenvolver hábitos alimentares adequados para prevenir sobrepeso e obesidade infantil, a Brinquedoteca Casa da Praça trabalha com o Grupo de Psicoterapia para Crianças. As sessões são ministradas pelas psicólogas Ana Spenciere e Talge Aryce, têm duração de uma hora e meia, e são realizadas às quartas-feiras. O trabalho de conscientização e mudanças na rotina envolve toda a família, intercalando momentos em grupo, com as crianças e os pais juntos, e encontros isolados.

Ana Spenciere explica que o projeto completo do Grupo é desenvolvido durante quatro meses, em 16 encontros, e é direcionado a crianças de 6 a 10 anos de idade. Inicialmente, toda a família passa por uma en­trevista para que as psicólogas conheçam os hábitos, a rotina alimentar e a dinâmica dos envolvidos. “A partir dessa entrevista, nós traçamos um plano de ação para ajudar na perda de peso da criança e também dos adultos, se for o caso”, afirma Spenciere. Ela ainda revela que a maior dificuldade das crianças em se alimentar bem é proporcionada pelos próprios responsáveis.

“Às vezes, os pais culpam a criança por ela estar comendo doce demais, por exemplo, mas não refletem sobre o fato de que eles é que compram e disponibilizam aquele alimento para os filhos, sem saber dizer não na maioria das vezes”. A psicóloga esclarece que são diversos os fatores que contribuem com a obesidade infantil, tais como ansiedade, impulsividade, ausência de limites, negligência parental e hábitos ruins, como comer em fren­te à televisão.

“Essas questões podem ser melhoradas com a psicoterapia, com o estabelecimento de atividades diárias para as crianças, de disciplina e de recompensas. No grupo, nós realizamos atividades sensoriais e lúdicas com as crianças, fazemos oficinas de culinária, usamos livros, massinha, encenação e várias outras técnicas para não só ensinar quais são os alimentos saudáveis e descobrir novos sabores, mas também para reduzir ansiedade e impulsividade, por exemplo”, explica a psicóloga.

Números

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%. As complicações de saúde po­dem seguir até a vida adulta. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade infantil não tratada. A doença também pode levar à baixa autoestima e à depressão. 

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