Aurora: uma mulher que tenta ser todas

Espetáculo com boneca protagonista, em que objetos ganham vida, estreia hoje no Teatro do IFG

Postado em: 05-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Espetáculo com boneca protagonista, em que objetos ganham vida, estreia hoje no Teatro do IFG

Elisama Ximenes

Uma boneca protagonista que interpreta mulheres diversas, com um nome subjetivo, Aurora. O espetáculo da Cia Pés de Lata estreia hoje no Instituto Federal de Goiás, campus Goiânia, às 20h. Por trás de Aurora, está a atriz Raquel Rosa, que manipula e interpreta a personagem. A peça é dirigida por Marcos Marrom e, a partir da personagem principal, traz histórias de angústias e alegrias do cotidiano das mulheres.

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O roteiro foi construído coletivamente pelo diretor e a atriz, Raquel Rosa. “Aurora surge de uma boneca de papel e tecidos que, para mim, consegue contemplar todas as mulheres”, explica Marcos Marrom. Raquel foi quem começou com a ideia a partir do desejo de trabalhar com os problemas impostos pelo machismo às mulheres. Assim, com o tempo, amadureceram a ideia e, por meio de objetos, a personagem consegue contemplar dilemas variados.

“Chega um momento do espetáculo que você não sabe se aquilo é sobre uma mulher chamada Aurora ou sobre várias mulheres”, relatou o diretor. Segundo ele, Aurora seria a essência das mulheres. Conforme segue a narrativa, objetos ganham vida e interferem no enredo. “Então, tem uma hora que uma camisinha que interage com a boneca, outro exemplo disso é quando uma roupa no varal começa a conversar com a personagem”, exemplificou.  

Mais que as angústias e o cotidiano como inércia da vida da mulher, o enredo trabalha também com as violências sofridas diariamente por elas. Dessa forma, os roteiristas exploram as violências na infância, a doméstica, além de discutir os papeis que são impostos à mulher na sociedade patriarcal. A dança também é um elemento importante para a construção da narrativa.

Além disso, os afazeres domésticos e as descobertas de si são outras temáticas fortes do espetáculo. Durante todo o enredo, a Aurora faz auto-descobertas e caminha para uma progressiva superação das angústias. Para entender a transição das personagens que não deixam de ser Aurora, as novas são criadas e transformadas por meio de simples elementos cênicos.

SERVIÇO

Espetáculo ‘Aurora’

Quando: 5 e 6 de maio

Onde: Teatro do IFG (próximo ao Mutirama)

Horário: 20h

Censura: 14 anos / Entrada franca

Outras apresentações:

14 de maio: Associação Cidade Livre, em Aparecida de Goiânia, às 19h

17 de maio: Espaço Sonhus, Centro de Goiânia, às 12h30

 

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