Festival de Curtas em SP termina na quarta

‘Entretodos’ faz 80 sessões com curtas. Destaque é para as produções que tratam das questões de gênero

Postado em: 20-06-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Daniel Mello / Repórter da Agência Brasil

Com 25 filmes, o Entretodos – Festival de Curtas de Direitos Humanos fará 80 sessões gratuitas na cidade de São Paulo. As exibições ocorrem em 22 pontos da capital (desde o último dia 16) até quarta-feira (22). Das produções, 19 são brasileiras e seis internacionais. 

Apesar da complexidade dos assuntos que envolvem o tema da mostra, a curadoria busca selecionar curtas que tragam abordagens mais leves e inovadoras. “Que você traga um discurso de direitos humanos, sem que seja aquela coisa didática, ostensiva. Um discurso mais lúdico, poético, subjetivo, que você, no final do filme, aprendeu algumas coisas que no fundo estão falando de direitos humanos”, enfatiza um dos curadores, Jorge Grinspum.

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Neste ano, o nono consecutivo de realização do festival, têm destaque as produções que tratam das questões de gênero. Segundo Grinspum, esse ponto acabou se impondo no diálogo feito com os realizadores e pela quantidade de curtas enviados com essa temática. Inicialmente, a ideia era fazer uma mostra com foco no tema dos refugiados. Porém a organização e a curadoria perceberam que os cineastas apontavam em outras direções.

“A gente acrescentou a palavra ‘mudanças’, porque, nos filmes que a gente recebeu, nas pessoas que começaram a ligar e a  falar, percebemos uma tendência muito forte de tratar de mudanças que estão ocorrendo tanto no Brasil, quanto no mundo. São mudanças tanto na questão de gênero, nas relações políticas”, explicou Grinspum sobre como acabou sendo definido o tema deste ano – Refúgios e Mudanças.

Jovens

“A gente tem essa dinâmica que não é nada engessada, justamente para dar essa liberdade, que é muito a cara do Entretodos”, acrescenta o curador sobre a flexibilidade do festival, condizente com a aproximação com o público jovem, outra característica da mostra. “Claro que todos os públicos são importantes. Mas o que a gente quer mais ter conosco é a criança e o jovem. É uma maneira de colocarmos da uma maneira lúdica e agradável uma questão que é muito tensa e densa, que são os direitos humanos”, finaliza Grinspum. 

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