Goiânia Noise Festival apresenta na primeira semana de agosto

O 22º Goiânia Noise conta com mesas redondas, bate-papos e shows com foco na produção alternativa

Postado em: 02-08-2016 às 08h00
Por: Sheyla Sousa
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O 22º Goiânia Noise conta com mesas redondas, bate-papos e shows com foco na produção alternativa

Elisama Ximenes

Depois do Bananada, em  maio, nesta semana tem festival de rock em Goiânia. Trata-se da 22ª edição do Goiânia Noise Festival. Já marcado pela valorização do rock independente, neste ano, o evento traz a independência como tema forte em toda a programação. Ontem foi o primeiro dia do evento com a Conferência Noise. Dessa parte do evento participam conferencistas que falam sobre suas produções alternativas. Ontem a Vila Cora Coralina recebeu pessoas como a autora do livro Garota Siririca, LoveLove6. Na sexta-feira começam os shows e, da programação, participam bandas locais, nacionais e internacionais.

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Lucas Gehre, que assina com as iniciais LTG, falou na primeira mesa da Conferência Noise de ontem. O artista fala do livro Quadradinhas, que autografou em sessão após o bate-papo e sobre o método chamado crowdfunding, que consiste no investimento com obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo – assim, múltiplas fontes de financiamento investem conforme se interessam pelo produto. Os quadrinhos de LTG são daqueles que têm um humor mais rebuscado. Aquela crítica que está lá, você só precisa prestar atenção direito para achar. Geralmente, suas tirinhas são formadas por nove quadrinhos dispostos em um quadrado três por três. No geral, sua crítica é voltada para a sociedade de conversas curtas e viagens paradas.

Depois de Lucas, a conferência recebeu a mesa redonda A Explosão das Publicações Independentes Feministas. LoveLove6, autora da Garota Siririca, foi uma das convidadas. Em sua obra, a artista debate o tabu da masturbação feminina. Dessa maneira, a autora contribui para o empoderamento da mulher a partir da quebra do paradigma sobre seu próprio corpo. “Menina, tira a mão dessa pepeca” é como termina um de seus quadrinhos, em que fala das primeiras experiências com o prazer da mulher durante a infância. 

Além dela, a designer e programadora visual da Universidade Federal de Goiás, Cátia Ana, também participou da mesa. Ela também é autora do Diário de Virgínia e de SPAM. Nos quadrinhos sobre Virgínia, a artista conta sobre o dia a dia da personagem que foi caracterizada, pela própria autora em post na fanpage do Facebook, como uma “pessoinha meio solitária”. Além disso, Virgínia também é uma jovem com vontade de sair da inércia, da sua zona de conforto. “Ela então enfrenta seu medo e passa a interagir com ele”, explica Cátia em texto publicado em seu site. 

Beatriz Perini, de Lalonge, foi a terceira convidada e a mediação ficou por conta de Sophia Pinheiro. A semana segue com a programação da Conferência Noise até quinta-feira (4). Os próximos encontros tratam de temas como o mercado, cinema e quadrinhos independentes, a volta do vinil, alternativas para a crise no rock, se há crise no rock, além de oficinas e feiras de publicações independentes. A partir da sexta-feira começam os shows com a volta de Sepultura à capital goiana, além da participação nacional de CPM 22, Nação Zumbi, BNegão e Matanza. Nessa transição de conferência para festival, o evento sai da Vila Cora Coralina e passa para o Centro Cultural Oscar Niemeyer. 

De Goiás, participam bandas como Sixxen, Ineffable Act, Overfuzz, Girlie Hell, Mechanics, Ressonância Mórfica, Sótão, Almost Down, Aurora Rules, Sheena Ye, Two Wolvess, Vish Mariaria, Rural Killers, Ímpeto, Lattere, Woolloongabbas e The Galo Power. Todas voltadas para o rock independente. The Shrine é o destaque internacional do line-up. Além disso, bandas do Sul ao Nordeste do País participam do festival que se propõe um dos maiores eventos de rock independente do País. A programação completa da Conferência pode ser acessada no site goianianoisefestival.com.br/2016/. Os ingressos dos shows custam R$ 69, a inteira e as conferências são gratuitas.

 

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