Ouro em emoção, prata em heroísmo e bronze em diversão

Na música oficial da Olimpíada 2016, Alma e Coração, Tiaguinho e Projota cantam “eu sei o que eu quero pra vida, pois nada vem fácil, irmão. Sem o suor, o valor da conquista permanece em vão. Sempre é hora pra fazer algo melhor acontecer. E a sua hora vai chegar”. E parece que finalmente chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor. Pela primeira vez, uma cidade da América Latina vai sediar os Jogos Olímpicos, e o Rio de Janeiro, a cidade brasileira mais conhecida no exterior, foi quem recebeu a missão. Os Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 serão sediados na mesma cidade e organizados pelo mesmo comitê.
A escolha do Rio foi feita durante uma sessão do Comitê Olímpico Internacional, que ocorreu em Copenhague, Dinamarca, em 2 de outubro de 2009. E, de lá para cá, o assunto Olimpíada não parou de ser dabatido. E nem sempre a beleza do Rio era a tônica dominante das conversas. Zika, poluição e violência botaram medo em alguns, as obras não ficaram a contento de outros, mas, entre mortos e feridos, salvaram-se todos. 
Desde ontem – quando houve um dos shows de abertura mais aguardados por todos – até 21 de agosto, mais de 11 mil atletas pisarão em solo brasileiro, neste mês de agosto, para participar da Olimpíada 2016. Para a maioria dos heróis olímpicos, é uma luta diária trabalhar e achar tempo para treinar por seus sonhos olímpicos. Obviamente, seria ótimo que tudo estivesse perfeito. Mas não está. E, assim mesmo, teremos um evento que será lembrado por décadas como uma das melhores Olimpíadas de todos os tempos. E o Essência preparou um especial olímpico para você curtir a maior festa do esporte junto conosco. 

Tudo que você sempre quis saber sobre Olimpíadas

Os Jogos Olímpicos tiveram início na Antiguidade, no estádio Panathenaic Salvador, na cidade de Olímpia, na Grécia. Os homens participavam dos jogos em honra a Zeus, e as mulheres tinham seus próprios jogos em honra à Hera. O vencedor recebia uma coroa de louro ou de folhas de oliveira. Modalidades praticadas: arremesso de dardo, salto em altura, lançamento de disco, corridas, lutas e muitas outras.
O Barão de Coubertin, ou Pierre de Frédy, historiador e pedagogo francês, foi o responsável por trazer de volta a disputa dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, revivendo os Jogos Olímpicos da Antiguidade, disputado nos tempos da Grécia Antiga. A primeira olimpíada da era moderna ocorreu  em Atenas, com a participação de 14 países. Os anéis da bandeira olímpica representam os cinco continentes: Europa, África, América, Ásia e Oceania.  Todas as bandeiras de países do mundo contam com pelo menos uma cor dos anéis estampadas na bandeira olímpica: azul, preto, vermelho, amarelo e verde. O lema olímpico, escrito em latim, é Citius, Altius, Fortius, o que significa “Mais rápido, mais alto, mais forte”.
A primeira mulher a conquistar uma medalha foi a tenista Charlotte Cooper, nos Jogos de Paris, em 1900. E Abebe Bikila foi o primeiro africano a conquistar uma medalha de ouro – isto em 1960. E a maneira como ele a conquistou foi simplesmente incrível. Bikila venceu a maratona da Olimpíada de Roma correndo descalço. O sueco Oscar Swahn foi o competidor mais velho a conquistar uma medalha olímpica. Aos 72 anos e 280 dias, ele foi medalhista de prata na Olimpíada da Antuérpia, em 1920, na disputa de tiro duplo ao veado. Já o atleta do remo, Henry Cudley, da Grã-Bretanha, é até hoje o atleta mais jovem a conquistar uma medalha olímpica. Ele participou da edição dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912, e foi medalhista de prata com apenas 10 anos e 78 dias.
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos é sempre liderada pelos atletas da Grécia. Em seguida, os demais países desfilam, em ordem alfabética, exceto pelo último país, que é sempre o de país-sede. Para um esporte ser considerado olímpico, ele precisa ser praticado por homens, em no mínimo 50 países e três continentes,  e por mulheres ao menos em 35 países e três continentes.
Além do número recorde de atletas – 11 mil, de 206 países – a Olimpíada do Rio tem alguns números impressionantes: 315 cavalos participam das provas hípicas; 25 mil bolas de tênis vão ser ser usadas; 306 disputas de 42 modalidades esportivas diferentes ocorrem nos 17 dias da Olimpíada; Das 306 medalhas a serem entregues na Rio 2016, 136 serão para categoria feminina, 161 para masculina e nove para mista; edstima-se que 60 mil refeições por dia serão preparadas para os atletas na Rio 2016. E, por fim, o custo da brincadeira: de início, o orçamento previsto para a realização dos Jogos Olímpicos no Rio era de R$ 28,8 bilhões. Hojem, esse número beira os 40 bilhões.

Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil

Quem não pode viajar para o Rio de Janeiro tem chance de entrar no espírito de uma das cidades mais lindas e celebradas do mundo através de filmes. E é também uma boa oportunidade para ver como o Brasil é visto aos olhos de cineastas nacionais e estrangeiros. Para começar, um desenho de Walt Disney. Em Alô Amigos, de 1942, o personagem Zé Carioca foi apresentado ao público no sexto longa-metragem dos estúdios Disney. O filme teve sua premiére realizada no Rio de Janeiro. Nele, o papagaio brasileiro apresenta o samba carioca ao Pato Donald. O filme foi feito sob encomenda para bajular o Brasil, já que o governo dos EUA tinham interesses comerciais aqui.
Rio 40 Graus é um um semidocumentário sobre pessoas do Rio de Janeiro e acompanha um dia na vida de cinco garotos de uma favela que, num domingo tipicamente carioca e de sol escaldante, vendem amendoim em Copacabana, no Pão de Açúcar e no Maracanã. Com roteiro e direção de Nelson Pereira dos Santos, o filme de 1955 é um marco do movimento Cinema Novo. Em seguida, temos Bond, James Bond. Em 007 Contra o Foguete da Morte, de 1979, 11º filme da série de James Bond, com Roger Moore no papel do agente secreto, houve várias cenas filmadas no Rio. Destaque para uma ‘tirolesa’ no cabo do Bondinho do Pão de Açúcar.
Feitiço do Rio, de 1984, mostrou uma imagem bastante controversa da cidade. Na praia, mulheres de topless observam um macaco passeando, de coleira, pouco antes de um casamento na areia, que termina com uma cerimônia de macumba. É uma visão no mínimo estereotipada de um Brasil sensual selvagem e exótico no filme. Já Cidade de Deus, de 2002, se pauta pela realidade crua. Aclamado pela crítica nacional e internacional, o filme mostra os dilemas da segurança pública e a violência no Rio. Dirigido por Fernando Meirelles, recebeu quatro indicações ao Oscar.
A animação Rio, de 2011, traz uma imagem de sonhos do País. Dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, o longa mostra o samba, o Carnaval, as belas praias e a exuberância das florestas brasileiras. No mesmo ano, a franquia Velozes e Furiosos desembarcou no Rio de Janeiro. Com Vin Diesel e Paul Walker no elenco, o longa, rodado na capital carioca, retrata a cidade como um refúgio para o tráfico de drogas e corrupção. Mas o Rio nunca esteve tão lindo quanto em Rio, Eu te Amo. O terceiro filme da série Cities of Love (“Cidades do Amor”), reúne curtas de dez diretores, de diferentes regiões do mundo, que contam pequenas histórias amorosas passadas em diferentes lugares da Cidade Maravilhosa.

Torcendo do sofá de casa (ou da mesa do bar)

Não vai faltar opção para o fanático por esportes assistir a cada detalhe da Olimpíada do Rio de Janeiro – ao vivo pela TV ou pela internet. Até o dia 21 de agosto, quando a competição termina, tudo será transmitido. Quer assistir a futebol? Vai ter uma emissora transmitindo. Quer ver a final da prova de tiro? Vai ter imagem e narração. Quer ver a prova eliminatória do atletismo? Idem. Nada menos do que oito emissoras brasileiras transmitirão a Olímpiada do Rio de Janeiro. Na TV aberta, o fã de esportes poderá optar entre Globo, Record, Band e Record News. 
Na TV fechada, SporTV, com cerca de 16 canais, ESPN, Band Sports e Fox Sports transmitem os Jogos Olímpicos. O Fox Sports, que não estava no ar no Brasil em 2012, adquiriu o direito dos Jogos de 2016 em negociação com a Globo. Os direitos de transmissão da Copa Libertadores da América foram envolvidos na negociação. Uma das maiores novidades em termos de transmissão será a jornalista Glenda Kozlowski, da Globo, atuando como narradora. Glenda será a primeira mulher narradora na história da TV aberta no Brasil. Ela ficará à frente das transmissões de ginástica. 
Internet
Todos os canais que transmitem os Jogos Olímpicos do Rio têm aplicativos que disponibilizam suas transmissões para dispositivos móveis que tenham acesso à internet. A Globo tem o aplicativo Globo Play, a Band tem o Band TV, a Record disponibiliza o Rede Record. Na TV fechada, a ESPN tem o Watch ESPN. O Fox Sports disponibiliza o Fox Sports Play, enquanto a Band Sports tem o Band Sports TV. 
Quem não pode ir ao Rio, pode aproveitar o esporte preferido do goiano, levantamento de chope, e reunir a turma de amigos para torcer nos bares da Capital. Muitos deles terá uma programação especial de exibição das principais modalidades.