Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Comunidade nipônica realiza festival de dança, música e culinária japonesa

A comunidade nipônica realiza o Bon Odori, festival de dança, música e culinária japonesa, para divulgar a cultura daquele país e estreitar os laços entre Brasil e Japão

Postado em: 26-08-2016 às 06h00
Por: Redação
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A comunidade nipônica realiza o Bon Odori, festival de dança, música e culinária japonesa, para divulgar a cultura daquele país e estreitar os laços entre Brasil e Japão

Júnior Bueno
Esta é uma história que teve início há alguns milênios, quando Buda esteve na Terra. Conta-se que havia um discípulo muito aplicado de Buda chamado Mokuren. Com uma força de inspiração extraordinária, Mokuren tornou-se capaz de ver qualquer recanto do mundo, descubrindo sua falecida mãe no mundo das trevas. Triste, procurou por Buda no intuito de salvá-la. Para Buda, o recurso seria reunir todos os monges para fazer a maior oferenda possível. Feito isso, a mãe de Mokuren foi salva e renasceu no mundo da paz. Feliz, Mokuren inicia a dança, que se transformaria no que hoje é conhecida como Bon Odori, expressão de alegria e paz.
Desde então, a comemoração é uma tradição no Japão. E essa tradição ganhou mundo com a imigração de japoneses nos quatro cantos do mundo. E a comunidade japonesa de Goiânia organiza anualmente o Bon Odori, um festival de dança, música e culinária japonesa, que tem como principal objetivo divulgar a cultura daquele país, estreitando os laços de amizade entre Brasil e Japão. 
Esta é, segundo os organizadores, uma das mais belas festividades da milenar cultura japonesa. “É no Bon Odori que reverenciamos os nossos antepassados, tanto na parte religiosa/espiritual (Bon) quanto na parte festiva (Odori). Desta forma, o Bon Odori é a expressão da alegria e da paz entre a Terra e o céu”, anuncia o site da Kaikan –  Associação Nipo Brasileira de Goiás. 
A abertura do festival à participação da população em geral completa 14 anos em 2016. Internamente, a cerimônia ocorria desde os primórdios da instalação da comunidade da cidade no fim da década de 1940. Consolidado no calendário festivo da capital, o Festival anima o Clube Kaikan – localizado no Setor Itatiaia – hoje (26) e amanhã (27).
Neste ano, além das tradicionais apresentações que já se tornaram marca registrada do evento, haverá a apresentação do grupo Kioshin Daiko Goiânia – adulto e infantil – e do grupo RKMD Ryuku Koku Matsuri Daiko – estilo Eisã Okinawa –, pioneiros na cidade das apresentações de taikô, o milenar tambor japonês de batida forte e pausada. O evento reunirá a população e os descentes para homenagear os seus antepassados. 
O momento de destaque do festival ocorre com as danças japonesas, em que todos os convidados podem dançar as tradicionais músicas, utilizando adereços, e acompanhar as coreografias pelos instrutores e o Matsuri Dance, que animará o festival com um estilo pop de dança e música japonesa, misturando movimentos tradicionais com modernos. Além da presença de jovens fazendo cosplay, que é a representação de personagens fictícios a caráter. Haverá também uma arena para caçar os ‘monstrinhos’ da febre do momento, o jogo Pokemon Go, e um mural que terá referências aos próximos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020.
O público estimado é de mais de oito mil pessoas, nos dois dias de festival, segundo os organizadores. A festa é realizada, sempre em agosto, após o pôr do sol. Na crença dos japoneses, é neste momento que, uma vez ao ano, os antepassados têm a oportunidade de festejar com os descendentes, que os homenageiam. Para os goianienses, o festival é uma oportunidade de conhecer melhor alguns costumes da cultura, que se desenvolve há milênios, do outro lado do mundo.
Durante o evento, é possível apreciar os pratos mais conhecidos por aqui, como sushi, sashimi, yakisoba, tempurá, udon, guioza, temaki, shimeji, tempura de sorvete, e a mistura tradicional Brasil Japão, o sanduíche de pernil. Além disso, o visitante pode conferir exposições de produtos das artes nipônicas. Detre eles, destacam-se o shodô, a arte milenar que utiliza os caracteres da caligrafia japonesa como forma de expressão artística; o origami, técnica milenar de moldar figuras por meio de dobraduras de papel; a ikebana, que são arranjos florais para serem utilizados como oferta religiosa, para decorar altares, e são montados com flores, folhas, galhos; e a caligrafia originaria do Japão, também considerada uma forma de manifestação artística daquele país.

SERVIÇO:
Bon Odori 2016

Quando: Sexta-feira (26 de agosto) e sábado (27)
Horário: Das 19h30 às 23h30
Onde: Clube Kaikan (Av. Planície, Conjunto Itatiaia)
Ingressos: R$40 (antecipados) e, no dia, R$50 (na portaria). Vale uma porção de Yakisoba. Vendas: Tribo da Açaí: (62) 3226-0100

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