Outubro também é rosa para os bichinhos

O câncer de mama também pode atingir cadelas e gatas. Veterinária explica como proceder para prevenir e tratar os animais

Postado em: 27-10-2016 às 06h00
Por: Redação
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O câncer de mama também pode atingir cadelas e gatas. Veterinária explica como proceder para prevenir e tratar os animais

Elisama Ximenes

Outubro está terminando, mas a campanha contra o câncer de mama permanece atual. A doença, que atinge 25% das mulheres brasileiras por ano, também afeta os cães e gatos. O tumor, que se instala nas mamas, é o que mais atinge cadelas e gatas. De acordo com a veterinária, membro da Comissão de Animais de Companhia (Comac) e gerente de Marketing da Agener União, Fernanda Cioffetti, o nódulo costuma aparecer nas cadelas entre os 7 e 12 anos de idade, e, nas gatas, entre os 10 e 12 anos. “Segundo estudo realizado em 2003, estima-se que, no Brasil, a incidência seja superior a 70% em cadelas e até 90% em gatas”, afirma a veterinária.

O tumor nos pets pode chegar a medir 15cm – de acordo com Fernanda. Ela ressalta que, para evitar que o animal de estimação manifeste a doença, o segredo é a prevenção. “Por isso é necessário que se façam visitas periódicas ao veterinário e se realizem exames de rotina”. 
Além disso, Fernanda informa que a castração é um método importante de prevenção. “Não existe um consenso sobre isso, mas a experiência mostra que a castração antes do primeiro cio reduz fortemente a chance de aparição do câncer de mama”, informa.

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 Segundo Fernanda, se a castração é feita até o terceiro cio, há 28% de chance de evitar a manifestação da doença. “Além do exame clínico, é preciso realizar exame radiológico, ultrassom abdominal e até tomografia computadorizada. Há casos em que são utilizados diagnósticos diferenciais, identificados através de exames citológicos e histopatológicos que sinalizam sobre as características do tumor, nos mostram se são malignos ou não”, explica Fernanda. Já o tratamento é feito de maneira similar ao dos humanos. O primeiro procedimento é a cirurgia de retirada. Dependendo do caso, o animal segue fazendo quimioterapias. De acordo com a veterinária, não existe uma quimioterapia específica para os animais. Além desses procedimentos de cura, são aplicados remédios que agem na redução da dor.

Diferente dos humanos, a queda dos pelos não é algo característico dos animais que passam por sessões de quimioterapias. Além disso, mesmo com o diagnóstico de câncer já realizado, o animal que ainda não for castrado passa pelo procedimento logo que diagnosticado. No mais, os cuidados devem ser reforçados com relação à alimentação e demais hábitos do pet. “A obesidade também é um fator que colabora para a fomentação do câncer de mama”, explica. Dentre as raças de cães e gatos mais propensas a desenvolver a doença estão poodle, dachshund, yorkshire terrier, maltês, pastor alemão, cocker spaniel, SRD e, no caso dos gatos, siameses, persas e também SRD.

A doença é mais agressiva nos gatos que nos cães. Apesar de não haver dados sobre as chances de cura em ambas as espécies, porque os estudos ainda são recentes, sabe-se que o câncer de mama age com mais rapidez nas gatas e, por isso, a atenção com elas deve ser redobrada. A metástase também é uma possibilidade nos animais, que é quando o tumor se espalha pelo corpo, e o primeiro órgão a ser atingido é o pulmão. Nesse momento, todo cuidado é pouco. Antes de tudo, o dono também precisa estar atento aos sinais que o animal pode ter. “Os donos precisam ficar atentos às mudanças no comportamento e do corpo do seu animal. Mas, sem dúvidas, se o pet for examinado frequentemente por um veterinário, a possibilidade de diagnóstico precoce, e de cura, aumenta consideravelmente”, finaliza a veterinária.

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