Dezembro é mês de bronzear e se cuidar

Médico dermatologista explica os cuidados que se deve tomar com a pele às vésperas da chegada do verão

Postado em: 13-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Médico dermatologista explica os cuidados que se deve tomar com a pele às vésperas da chegada do verão

Elisama Ximenes 

A primavera chega ao seu fim e, a partir da próxima quarta-feira (21), começa o verão. Com ele, vêm as viagens para a praia e o empenho em ganhar um bronzeado – que não precisa, necessariamente, de uma praia ou clube, há quem só se estique na laje de casa e pronto. Mas, como se sabe, a exposição solar em excesso pode trazer problemas à pele e, para evitá-los, é preciso tomar alguns cuidados. Não é à toa que este é o mês da prevenção e combate ao câncer de pele – Dezembro Laranja. O médico dermatologista Hugo Alexandre Lima (CRM: 11101 RQE: 9563), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), fala sobre os cuidados que se deve tomar com a pele no verão.

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O principal aliado no resguardo do corpo da alta incidência de raios ultravioleta é o protetor solar. De acordo com Hugo Alexandre, existem dois tipos de protetores: o físico e o químico. “Os primeiros atuam como um escudo e refletem os raios UVA e UVB, já os químicos absorvem os raios ultravioletas do sol”, explica. As marcas costumam conter ambos os tipos na sua composição. Na hora de escolher qual protetor solar usar, primeiramente, é importante verificar se o produto foi dermatologicamente testado. Para saber qual o índice de proteção dos raios UVA, basta olhar o que está escrito à frente da sigla PPD. Com isso, evita-se que a pele ganhe manchas escuras que podem causar problemas piores a longo prazo. Já o índice que indica proteção dos raios UVB é o Fator de proteção Solar (FPS) – sem ele a pele corre o risco de ganhar queimaduras e vermelhidão.

“O FPS nunca deve ser inferior a 30”, lembra o dermatologista. Além disso, ele reforça que o protetor deve ser resistente à água. Eles também devem ser utilizados para proteger a pele das crianças, desde que indicado para elas. “A pele é o maior órgão do corpo e deve ser protegida sempre, desde o nascimento, pois os efeitos da radiação UV têm caráter cumulativo”, explica. A única contraindicação etária é para bebês com menos de seis meses. A proteção deles está relacionada ao tempo de banho de sol, que deve ser feito na primeira hora de sol do dia e durar, no máximo, 15 minutos. “Vale lembrar que moramos num país tropical com alta incidência de sol”, alerta.

Há diferenças também quanto à região do corpo. O produto utilizado do pescoço para baixo deve ser diferente do usado no rosto. “O protetor solar facial geralmente tem uma textura mais leve, agradável e menos oleosa. A maioria é livre de álcool, o que não provoca ardência e irritação”, especifica. Alguns deles, ainda, já vêm com base e mecanismos que não colaboram no aparecimento de cravos e espinhas. Essas especificidades não são tão necessárias no restante do corpo. Depois de aplicar o produto pela primeira vez no dia, é preciso estar atento aos retoques. “O filtro solar tem seu efeito diminuído com o tempo, pois ele vai sendo absorvido pela pele”, explica. Então, quem está exposto ao sol deve retocar a cada duas horas, independente do fator de proteção solar. “Em caso de mergulho na água, a reaplicação deve ocorrer logo depois”, lembra.

Para quem tem dúvidas com relação à aplicação do hidratante de pele e do filtro solar, o médico explica que o certo é passar o hidratante primeiro, na pele limpa, e, depois de alguns minutos, aplicar o protetor. “Hoje existem produtos que, ao mesmo tempo, hidratam e protegem a pele contra os raios UV. Bom exemplo disso são os BB Creams que, além da ação de proteção e hidratação, proporcionam o efeito maquiagem”, exemplifica. Ainda nessa de aliar produtos, Hugo Alexandre lembra que os antioxidantes acrescentam na proteção solar, mas não substituem o protetor e nunca devem ser usados isoladamente. 

Quando a preocupação for além da prevenção, a recomendação é de que se procure um médico dermatologista. Elas podem ser sinais de um possível câncer de pele. “Independentemente da estação do ano, qualquer pinta e qualquer ferida que não se cicatriza facilmente devem ser examinadas por um dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia”, recomenda. Hugo Alexandre lembra também que, apesar de existir o Dezembro Laranja, a atenção para sinais incomuns na pele deve durar o ano todo. “É muito importante consultar com um dermatologista para fazer um diagnóstico preciso em caso de pintas e feridas na pele. Vale lembrar que muitas pintas inocentes podem ser câncer de pele”, finaliza.

 Fotos: reprodução 

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