Praça Cívica vai se tornar um importante ponto cultural

O Circuito Cultural Praça Cívica Dr. Pedro Ludovico Teixeira garantirá novo uso para os setes edifícios

Postado em: 12-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O Circuito Cultural Praça Cívica Dr. Pedro Ludovico Teixeira garantirá novo uso para os setes edifícios

Como há algum tempo vem sendo pregado pelo governador Marconi Perillo, Goiânia ganhará em breve um novo e importante atrativo turístico: o Circuito Cultural Praça Cívica Dr. Pedro Ludovico Teixeira.A iniciativa do Governo de Goiás e da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) garantirá novo uso para os setes edifícios construídos no entorno da Praça Cívica, marco inicial da construção da nova capital do Estado, na década de 1930.

O governador já vem, há algum tempo, falando da necessidade de dar uma destinação cultural à Praça Cívica Dr. Pedro Ludovico Teixeira. O próprio Palácio das Esmeraldas é palco constante de manifestações e ações culturais, como lançamento de livros, visita de alunos do Ensino Fundamental, entrega de comendas do mérito cultural e também lançamento de festivais gastronômicos de várias cidades goianas.O projeto, considerado uma das principais ações do governo estadual na área de cultura, inclui a requalificação, revitalização, restauração e musealização do conjunto de sete edifícios que circundam a Praça Cívica. São prédios construídos em estilo art déco já tombados como patrimônio arquitetônico nas três esferas públicas: federal, estadual e municipal.

Interligados pela Alameda Cultural, os edifícios ganharão novo uso e terão a função cultural priorizada. “Essa ação prevê a criação de espaços modernos e interativos e inclui, entre outros, a implantação de museus, bibliotecas, arquivo histórico, centro de pesquisa e estudo, galerias de arte, espaço para cinemas, salas de concerto, cafeteria e restaurante”, explica o arquiteto Marcílio Lemos, chefe do Núcleo de Obras e Recuperação do Patrimônio da Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico da Seduce e responsável pelo projeto.

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Os sete edifícios que integram o Circuito Cultural são a antiga Chefatura de Polícia, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o Palácio das Esmeraldas, o chefatura de polícia – novo museu da cidadeCentro Cultural Marieta Telles Machado, o recém desocupado Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Museu Zoroastro Artiaga e a antiga Delegacia Fiscal do Estado.Marcílio explica que o projeto está em fase de finalização e na próxima semana deve ser encaminhado para a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) de Goiás. As obras, segundo ele, deverão ser iniciadas entre os meses de abril e maio e a conclusão total está prevista para os próximos dois anos.

O arquiteto destaca que todo o projeto foi executado pela equipe do Núcleo de Obras e Recuperação do Patrimônio e que por isso não representou nenhum custo extra para os cofres estaduais. O valor total da obra, de acordo com ele, será de R$ 100 milhões: “Recursos que serão utilizados na restauração dos prédios e na criação dos museus, compra de equipamentos e mobiliário, restauro de obras de arte, higienização do acervo, entre outras ações”.

A criação do Circuito Cultural deve influenciar novas intervenções no centro de Goiânia. “Se nós restaurássemos somente um edifício naquela região iria acontecer um processo de contaminação, e os outros edifícios seriam revitalizados na sequência. A Praça Cívica pode servir de exemplo para o centro comercial e nós não temos dúvida nenhuma disso”, observa o chefe do Núcleo de Obras e Recuperação do Patrimônio da Seduce.

Em busca de apoio e recursos para viabilização do projeto, o governador Marconi Perillo e a secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, já se reuniram com diversas autoridades federais, como o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero; a presidente do Iphan, Kátia Bogéa; o diretor nacional do Departamento de Patrimônio Material do Iphan, Andrey Rosenthal Schlee; e o diretor nacional do PAC Cidades Históricas, Robson Antônio de Almeida. Já está programado encontro com o novo ministro da Cultura, Roberto Freire.

Segundo o governador, o projeto é de grande valor arquitetônico e urbanístico, resgatando a tradição do goianiense de frequentar a Praça Cívica. “O objetivo é tornar o local um ponto turístico e de convivência para os moradores da cidade”, ressalta ele. Confira as principais mudanças na Praça Cívica:

Antiga Chefatura de Polícia – Será transformada em Museu da Cidade. O prédio, que hoje se encontra desocupado, já está sendo restaurado com recursos do governo federal, detentor de sua posse. O projeto prevê a restauração e requalificação da área com a instalação de espaços para exposições de longa duração. Vai abrigar também uma central de atendimento ao visitante na Alameda Cultural, através de totens digitais, maquetes, cabines eletrônicas, material de divulgação e guias capacitados.

Procuradoria Geral do Estado – Cederá lugar ao Museu Casa Goyaz, que realizará exposições temporárias e de longa duração por meio de módulos interativos, projeções audiovisuais e outros elementos tecnológicos, que apresentarão os acervos históricos e artísticos da arquitetura de Goiás em formato digital. O edifício também ganhará uma sala para concertos de música e para outras manifestações artísticas.

Palácio das Esmeraldas – O prédio que hoje é a residência oficial do governador do Estado permanecerá com sua função original. No entanto, terá algumas reformas. O piso térreo passará por musealização e será aberto à visitação. O mesmo acontecerá com os jardins internos. Uma exposição de longa duração resgatará toda a história dos ex-governadores e ex-primeiras damas que passaram pelo Palácio.

Centro Cultural Marieta Telles Machado – Será transformado em Centro Audiovisual, que inclui a construção de uma galeria coberta interligando museu, cinemas, café e casa de espetáculos. O prédio continuará sendo sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), Cine Cultura (com duas salas), além de espaços destinados ao Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). Ganhará ainda laboratórios e sala de exposições para mídias digitais, sala de concertos e de exposições, além de uma cafeteria.

Tribunal de Contas do Estado – Terá suas fachadas restauradas, voltando ao aspecto original, e terá requalificados os espaços internos. Abrigará o Arquivo Histórico Estadual, que será responsável pela guarda, gestão e preservação dos acervos documentais da história de Goiânia e de Goiás.

Antiga Delegacia Fiscal – O prédio terá resgatados seus aspectos originais e ganhará novo uso compatível com sua importância para a memória e a história da cidade. O edifício será a nova sede da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Goiás (Iphan) e ganhará o nome de Casa do Patrimônio em Goiás. (Goiás Agora)

 

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