Goiânia recebe exposição nacional de arte naïf

De 24 de janeiro a 12 de março, o Museu de Arte de Goiânia recebe obras de 31 artistas do Brasil

Postado em: 24-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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De 24 de janeiro a 12 de março, o Museu de Arte de Goiânia recebe obras de 31 artistas do Brasil

Natália Moura

De hoje (24) a 12 de março, o Museu de Arte de Goiânia (MAG) recebe a primeira Exposição Nacional de Arte Naïf no Centro Oeste – Enanco. Com curadoria de Antônio da Mata e Augusto Luitgards, a mostra reúne 31 artistas de todos os cantos do Brasil. Representantes da arte naïf dos Estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia e Goiás colaboraram com a exposição composta por 78 peças. O projeto da exposição partiu da artista Helena Vasconcelos. De Minas Gerais, ela reside em Goiânia, e também têm obras expostas na Enanco.  

Além de Helena, a mostra reúne os artistas convidados por ela: Alessandra Teles, Américo Poteiro, Antonio Poteiro (in memorian), Augusto Japia, Carmézia, Con Silva, Dilvan Borges, Elsa Farias, Enzo Ferrara, Erlei Pereira, Fé Córdula (in memorian), Lourdes de Deus, Manoel Santos, Max Ramires, Miriam (in memorian), Nilson Pimenta, O. S. Bezerra, Omar Souto, Rimaro, Rocha Maia, Rosângela Politano, Sandro Carvalho, Santana, Sérgio Pompêo, Shila Joaquim, Tânia de Maya Pedrosa, Valques Rodrigues, Vera Marina, Waldomiro de Deus e Willi de Carvalho. 

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De acordo com Antônio da Mata, a arte naïf é uma das mais importantes expressões artísticas contemporâneas no Brasil. Em suas obras, os artistas retratam os folclores específicos de cada região – apesar de a arte não ser necessariamente ligada ao folclore –, ao mesmo tempo em que produzem críticas sociais e políticas. “Todos os artistas são muito engajados”, conta Antônio, que ficou no comando do MAG entre 2005 e 2009, e retornou em 2015. Ainda segundo ele, o objetivo da mostra é “mostras a arte naïf em um conjunto que diferencie”. Todos os artistas possuem seu próprio estilo dentro da arte naïf e representam bem suas respectivas regiões. 

Antônio da Mata afirma que a expressão artística surgiu, no século 19, na França. Segundo ele, a arte não é acadêmica e não limita os artistas a uma técnica especifica. “A arte naïf é permeada por imagens do cotidiano, realizadas por artistas independentes e autodidatas, sem formação sistemática, os quais dominam algumas técnicas que lhes permitem total liberdade de expressão”, conta Antônio. Nela, a representação pictórica é tipicamente regional, assumindo as características de cada localidade, mesmo estando presente em todo o mundo. 

No Brasil, existem museus destinados apenas a essa expressão contemporânea da ‘arte primitivaa. O mais importante é o Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil (Mian). Situado no Rio de Janeiro, o Mian possui um acervo 6 mil pinturas de artistas de 120 países. Infelizmente, o museu se encontra, hoje, fechado por tempo indeterminado. “Tendo em vista a inexistência de projetos de exposições, editais de patrocínio, patrocinadores ou apoios que garantam a continuidade do trabalho desenvolvido pelo Mian em 2017, comunicamos com pesar o encerramento das atividades do Museu Naïf no dia 23 de dezembro de 2016”, declara um comunicado no site do museu.  

Serviço

Inauguração da ‘Exposição Nacional de Arte Naïf no Centro Oeste – Enanco’

Abertura: Hoje (24)

Horário: das 9h30 às 22h30

Onde: Museu de Arte de Goiânia (MAG)

Entrada gratuita

Visitação: de 25 de janeiro a 12 de março de 2017

Horário: de terça a sexta-feira (das 9h às 12h e das 13h às 17h); aos sábados e domingos das 8h às 18h

Entrada gratuita 

 

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