‘Sismografias Corporais’ explora dança e geografia

Convivência cotidiana é objetivo de experimentações

Postado em: 10-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Convivência cotidiana é objetivo de experimentações

Sismografias Corporais é o espetáculo que explora intersecções possíveis entre geografia e dança, resultantes de processo imersivo desenvolvido por 11 artistas de seis Estados. Após residência de 15 dias, com total isolamento do meio urbano, o trabalho coreogeográfico do grupo será apresentando hoje (10) e amanhã, no Centro Cultural UFG, com entrada franca.

Com apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, na primeira etapa de trabalhos, durante 15 dias, os artistas-coreógrafos convidados vivenciam uma residência no Núcleo de Experimentações Estéticas Fazenda Fortaleza (Cumari-GO). “O projeto busca aprofundamento nos pressupostos da residência artística, que tem foco processual e centraliza a convivência cotidiana como objetivo das experimentações”, informa Cacá Fonseca, coordenadora de Sismografias Corporais.

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Em seguida, o grupo ministrou oficina, em Goiânia, nos dias 8 e 9 de março, no Centro Cultural UFG, com o intuito de compartilhar os processos criativos desenvolvidos durante a residência. Dedicado a 20 artistas, dançarinos e público em geral, o workshop Corpo-Sismógrafo explorou experimentos corporais, coreogeográficos em caráter de atelier, adotados como norteadores do Programa de Residência Artística.

Conceito

No campo das ciências geológicas, o termo ‘sismografia’ constitui um procedimento de captura e registro das vibrações da crosta terrestre. Segundo Cacá Fonseca, na vivência deste projeto, “os corpos dos artistas convidados passam a acionar sensorialmente esse subterrâneo, uma investigação de caráter estético de suas forças geradoras, guiada pela apreensão de oscilações desde as mais sutis e ínfimas às extremas e disruptivas, ou seja, capazes de interromper o seguimento normal de um processo”.

O grupo de artistas-coreógrafos é composto por duas equipes: anfitriões e visitantes.  Os anfitriões são Ana Reis (Goiânia-GO), Thiago Costa (São Paulo-SP) e Maicyra Leão (Aracaju-SE), fundadores da Fazenda Fortaleza como Núcleo de Experimentações Artísticas. Em 2013, os três participaram do projeto Topografias Aéreas: Uma Fábula Sobre Poleiros e Artistas, aprovado no edital Redes Funarte de Artes Visuais, que consolidou este espaço de residências artísticas em âmbito nacional.

A equipe dos visitantes é formada por Marila Vellozo (Curitiba-PR), Ricardo Alvarenga (Salvador-BA), Cássia Nunes (Pirenópolis-GO) e CandiceDidonet (João Pessoa-PB), coreógrafos-dançarinos implicados nessa relação ecologia, ambiente e dança que ainda não conhecem a Fazenda Fortaleza. De acordo com Cacá, a composição deste coletivo provisório abarca diferentes abordagens da dança, cujo foco de investigação é explorar as múltiplas dimensões estéticas, como dimensões sonora, plástica, corporal, visual, arquitetônica e geográfica, derivadas pontualmente do artifício sismógrafo. 

Espetáculo

No terceiro momento do projeto, o grupo apresentará o espetáculo Sismografias Corporais. Consequente das etapas anteriores (residência e oficina), o processo criativo será acessado pelo público em uma configuração híbrida, entre instalação coreográfica e performance. 

SERVIÇO:

Espetáculo ‘Sismografias Corporais’

Quando: 10 e 11 de março às 20h

Onde: Teatro do Centro Cultural UFG

Entrada franca (retirada de ingressos com antecedência de 30 minutos)

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