Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Terminam neste mês inscrições para Prêmio Ferreira Gullar

Serão destinados R$ 30 mil para premiar estudantes das redes pública e privada de ensino que desenvolverem jogos ou Aplicativos eletrônicos

Postado em: 05-06-2017 às 06h10
Por: Sheyla Sousa
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Serão destinados R$ 30 mil para premiar estudantes das redes pública e privada de ensino que desenvolverem jogos ou Aplicativos eletrônicos

As inscrições para o Prêmio Literário Ferreira Gullar, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC), podem ser feitas até o fim deste mês de junho. Serão destinados R$ 30 mil para premiar estudantes das redes pública e privada de ensino que desenvolverem jogos eletrônicos ou aplicativos que incentivem a leitura e, sobretudo, o conhecimento da obra do poeta maranhe. Interessados tem até 30 de junho para se candidatar.

O primeiro colocado receberá R$ 10 mil, o segundo, R$ 7.142,86 e, o terceiro, R$ 4.285,72, além de troféu e diploma. As inscrições podem ser feitas no site do Ministério da Cultura. Toda a documentação exigida deverá ser anexada dentro do Sistema de Acompanhamento às Leis de Incentivo à Cultura (SalicWeb). 

A iniciativa do MinC faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), uma das principais políticas desenvolvidas pela pasta. Dentre as diretrizes do PNLL, estão a democratização do acesso à cultura e o fomento à leitura. Dentro dessa proposta, o edital surge com o objetivo de estimular a leitura e, ao mesmo tempo, homenagear o escritor Ferreira Gullar, morto em dezembro de 2016.

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Nascido em São Luís, no Maranhão, Ferreira Gullar (pseudônimo de José de Ribamar Ferreira) foi poeta, crítico, ensaísta e líder do movimento literário conhecido como Neoconcretismo, surgido no Rio de Janeiro na década de 1950. Os neoconcretistas acreditavam que a arte tinha sensibilidade, expressividade e subjetividade próprias e eram contrários às atitudes cientificistas e positivistas nas manifestações artísticas. 

Gullar iniciou a poesia concreta com o livro A Luta Corporal, publicado em 1954. Em 1956, participou da primeira exposição de poesia concretista, que foi realizada em São Paulo, da qual Lígia Clark e Hélio Oiticica foram alguns dos destaques. Algum tempo depois, rompeu com os concretistas e passou a ligar-se ao pensamento progressista do período, passando a ter forte envolvimento político. Filiado ao Partido Comunista Brasileiro, chegou a ser preso e exilado durante o regime militar. Quando estava no exílio em Buenos Aires, publicou Poema Sujo (1975). Voltou ao Brasil em 1977.

O poeta escreveu diversas peças teatrais, em parceria com outros dramaturgos, como Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e Dias Gomes. Recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção de 2007, com Resmungos. Em 2010, recebeu o Prêmio Camões e, quatro anos mais tarde, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. No ano passado, foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural (OMC) no grau máximo Grão Cruz. Oferecida pelo MinC, a OMC é a principal condecoração pública da área da cultura no Brasil. (Fonte: Ascom/Minc)

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