Orquestra Sinfônica de Goiânia: “parte essencial da cultura da nossa cidade”

O Maestro Eliseu Ferreira fala sobre o papel da OSGO no cenário cultural goiano

Postado em: 12-09-2021 às 17h00
Por: Augusto Sobrinho
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O Maestro Eliseu Ferreira fala sobre o papel da OSGO no cenário cultural goiano | Foto: Reprodução

Se engana quem pensa que Goiânia só tem espaço para o sertanejo. Tudo bem que somos considerados o “berço” da música raiz e caipira, mas não ficamos para trás do cenário erudito. Por um lado, os violeiros e suas violas e violões e, por outro, a orquestra com seus violinos, violoncelos e muito mais, até mesmo ritmo de canções sertanejas. A Orquestra Sinfônica de Goiânia (OSGO) traz, desde 1993, muita música clássica para a capital goiana. 

Criada pelo Maestro Joaquim Jayme e pelo Secretário Municipal de Cultura, Kleber Adorno, hoje, está sob direção do Maestro Eliseu Ferreira. Com 75 músicos instrumentistas e coro com 44 músicos cantores, a organização leva aulas de música e programas educacionais para crianças e adolescentes da rede pública de ensino de Goiânia. Além disso, são protagonistas na vida cultural da cidade com espetáculos na periferia e na região metropolitana.

“A Orquestra já tem 27 anos. Ela representa uma parte essencial da cultura da nossa cidade, ela tem se firmado. São pessoas que desejam ir em espetáculos e, então, a orquestra tem ocupado esse papel inverso. Ela vai até onde o público está, pois tocamos em parques, praças, igrejas, escolas e outros locais que querem nos receber. Acredito que hoje nós já fazemos parte da identidade de Goiânia, pois fortalece o cenário cultural da nossa cidade”, afirma o Maestro.

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Eliseu destaca que atua na direção da OSGO desde 2017 e que a gestão criou um “braço” pedagógico da organização. A Rede Municipal de Núcleos Musicais, por meio da Prefeitura da capital, mantém cerca de 200 bolsistas no Coro Juvenil de Goiânia, Orquestra Jovem Joaquim Jayme e na Banda Juvenil de Goiânia. Além disso, segundo o Maestro, estão empenhados em aprimorar e diversificar a atuação da orquestra na sociedade.

“Temos trabalhado na perspectiva de mostrar que orquestra não é uma atividade elitista, pois podemos ser atuantes na sociedade e comunidade como um todo. Por isso, temos projetos de ensino musical em escolas, casas de cultura e instituições da casa civil. Também temos feito esse trabalho de levar a atuação da sinfônica, enquanto difusão de eventos culturais, em todos os cantos da cidade. Principalmente, nas regiões periféricas”, explica.

Neste mesmo sentido, a OSGO tem buscado casar a música clássica com os demais gêneros para aproximar e conquistar novos públicos, pois, de acordo com o Maestro, a orquestra pode fazer qualquer tipo de música e pode tocar qualquer repertório. Com o Crossover, torna-se possível tocar música caipira, sertanejo, rock, funk e outros na sinfônica. ”Podemos simular qualquer gênero como, por exemplo, a música caipira é possível fundir com o clássico através do acompanhamento com violas e violões, e o resultado é muito bom”, destaca.

Assim como teatros, museus, galerias de artes, balés e outras formas de representação cultural, a Orquestra Sinfônica de Goiânia exerce seu papel na valorização do patrimônio cultural goiano. “Com repertórios universais e goianos, a OSGO revive a memória musical da sociedade e, contemporaneamente, aquece o cronograma cultural com espetáculos plurais, assim como a cultura da nossa cidade, que não olha para estilos e anos”, diz.

“A cultura exprime os sentimentos e aquilo de mais especial que existe no ser humano. Ela é aquilo que dá identidade e sentido para nossa existência. A cultura exerce esse papel de inserir o indivíduo em um grupo e fazê-lo se sentir pertencente àquele local”, conclui o Maestro. A OSGO está inserida neste cenário goiano de música e, por meios dela, dissemina-se arte e cultura para a comunidade.

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