Editora goiana lança coleção de livros que promovem representatividade negra
Com personagens e histórias que trazem elementos importantes da cultura afro-brasileira e africana, a coleção Afroletramento resgata a importância de trabalhar e valorizar a diversidade
Por: Giovana Andrade
Durante a Semana da Consciência Negra, a Inteligência Educacional lança a coleção Afroletramento. O projeto idealizado pela editora goiana atende a lei que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas do Brasil, e resgata a importância de trabalhar a temática que se relaciona com a formação da população brasileira, composta sobretudo pela mistura dos povos indígenas, africanos e europeus, que trouxeram para cá diversos saberes, culturas e costumes.
A coleção contempla cinco livros e é destinada ao público dos anos iniciais do ensino fundamental e aos professores que lecionam nesse nível de ensino. Conta com a autoria do professor e mestre Edergênio Negreiros Vieira, também escritor e poeta, e ilustrações em aquarela de Francisca Nzenze, artista plástica e jornalista.
A Inteligência Educacional acredita que, com esse projeto, as escolas terão um material para colaborar na busca por soluções dos problemas que ainda persistem na sociedade, como desigualdade, preconceito e racismo. É uma solução educacional que vai trabalhar a representatividade negra, com personagens e histórias que trazem elementos importantes da cultura afro-brasileira e africana.
O projeto é resultado de muitos estudos e vivências do professor Edergênio, com a perspectiva de que afroletrar é incluir as vivências sociais e a valorização da cultura afro-brasileira e africana.
Coleção Afroletramento
A coleção com cinco livros traz as seguintes histórias:
- Tem gente de todo jeito é um conto destinado ao 1º ano do ensino fundamental. A história valoriza as pessoas como elas são, mostra como é legal ter tanta gente diferente, com diversos tons de pele, religiões, entre outras características;
- Na horta da vovó Lina, conto, para o público do 2º ano do ensino fundamental. A história envolve dona Lina e sua netinha Heloísa e mostra que entre os laços afetivos estão os cuidados de uma vovó carinhosa, uma neta curiosa, com plantas e hortaliças no quintal, entre elas o alecrim, que inspirou a famosa cantiga;
- O menino que escrevia na parede, conto voltado para o 3º ano do ensino fundamental. Um menino chamado Cadu descobre que gosta de desenhar, começando por rabiscar no chão de casa, passando para desenhar nas paredes e carteiras e por fim nos muros. Com muita imaginação, ele se expressa e se torna um artista, ele “fala” através de sua arte;
- Africalidades traz o gênero memórias literárias e é destinado ao 4º ano do ensino fundamental. Livro com linguagem mais poética. O eu-lírico mostra uma trajetória que envolve desde a violência sofrida pelos povos africanos que foram escravizados até a exaltação da cultura afro-brasileira e africana, além da reflexão sobre as desigualdades ainda existentes;
- Abidemi: a força da superação é um conto para o 5º ano do ensino fundamental. Uma história de empreendedorismo e esforço, que mostra a trajetória de Florzinha, uma garota que supera muitas dificuldades e preconceitos e parte em busca do sonho de estudar, entre outras realizações.