Bingo – O Rei das Manhãs é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2018

Mais de 200 membros da comissão formada por profissionais da área cinematográfica ajudaram na tomada de decisão. Bingo concorreu à indicação com outros 22 filmes

Postado em: 15-09-2017 às 13h00
Por: Márcio Souza
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Mais de 200 membros da comissão formada por profissionais da área cinematográfica ajudaram na tomada de decisão. Bingo concorreu à indicação com outros 22 filmes

A Academia Brasileira de Cinema
anunciou que Bingo – O Rei das Manhãs, com direção de Daniel Rezende,  é o longa nacional escolhido para concorrer
ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira no Oscar no próximo ano. A
decisão foi divulgada ao meio dia de hoje (15), na Cinemateca, na capital
paulista.

Mais de 200 membros da comissão
formada por profissionais da área cinematográfica ajudaram na tomada de
decisão. Bingo concorreu à indicação com outros 22 filmes. 

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Jorge Peregrino, vice-presidente
da academia, avalia que a safra de filmes apresentados este ano mostrou muita
qualidade, mas Bingo superou expectativas. O drama aborda a vida de Arlindo
Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo na televisão brasileira na década
de 80. Apesar da fama, ele não era reconhecido pelo público na rua, o que o
levou à frustração e envolvimento com drogas.

O cineasta e produtor João Daniel
Tikhomiroff, membro da comissão, disse que foram levados em conta quesitos como
universalidade, linguagem cinematográfica e compreensão internacional. “Bingo
preenche todos os quesitos”, declarou. “Além de ser extremamente bem
estruturado, com roteiro, elenco e edição, é muito bem-feito. Nos deixou
bastante impactados e este é o primeiro critério que focamos”, avalia.

Segundo ele, a escolha demorou
mais que o esperado, já que a comissão era formada por membros com opiniões
divergentes. “Foi difícil escolher, tinha obras muito relevantes. Teríamos pelo
menos três ou quatro filmes que poderiam representar o Brasil”, revelou.

O cineasta Miguel Faria Júnior,
também membro da comissão, disse que não focou no público dos Estados Unidos,
onde será disputado o Oscar. “Quis escolher o filme mais importante, o melhor
produzido no Brasil este ano. Normalmente, o que faz sucesso fora do Brasil são
os mais provincianos, não são filmes com capa de marketing”, disse. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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