Festival de Esculturas Itinerantes traz diversidade de estilos à Capital

Exibição apresenta ao público obras de diferentes materiais, estilos e gerações

Postado em: 26-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Exibição apresenta ao público obras de diferentes materiais, estilos e gerações

GABRIELLA STARNECK*

O Festival de Esculturas Itinerantes, que estreou ontem (25), se estende até 31 de janeiro de 2018, na Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia. O evento traz esculturas de 26 artistas de diferentes Estados do Brasil e também internacionais. O evento, de curadoria de Paulo Branquinho, começou a ser realizado em um formato menor, no Rio de Janeiro, e, a partir dos bons resultados de suas duas primeiras edições (2015 e 2016) na cidade e de sua ampliação, a programação passou a ser realizada em diferentes locais, sendo criado o Festival de Esculturas Itinerantes. Vale ressaltar que esta é a primeira vez que o evento ocorre em Goiânia. 

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O festival conta com obras dos cariocas Gonçalo Ivo, Raul Mourão, Marcos Cardoso e Cris Cabus, do paulista Angelo Augusto Milani, do mineiro Jorge dos Anjos, da chilena Lorena Olivares, do dinamarquês Jesper Neergaard, da portuguesa Susana Anágua e do uruguaio Boris Romero – além de Siron Franco, artista anfitrião de Goiás. Segundo o curador Paulo Branquinho, o festival se difere dos demais pelo fato de trazer esculturas de diversos materiais e gerações. “A exposição é um passeio por vários estilos de obra”, afirma.

Paulo destaca que o evento teve repercussão positiva pelo fato de realizar um intercâmbio de artistas. “Para fugir da mesmice, convidamos artistas de várias partes do Brasil”, ressalta o curador. Segundo ele, o evento teve a preocupação de trazer obras também  de profissionais que estão ganhando espaço. “Essa interação faz com que escultores mais velhos deem respaldo aos mais jovens”, diz.

Mas a diversidade não se restringe apenas à diferença de idade entre os profissionais, mas também ao estilo e aos materiais. De acordo com Branquinho, nesse festival o espectador tem contato com esculturas de pano, resina, ferro e até de carvão: “O festival promove também um intercâmbio entre artistas de diferentes gerações, estilos, cidades e nacionalidades,  trazendo novidades”.

Dificuldades

Segundo Branquinho, a principal dificuldade em realizar os festivais é conseguir patrocínio, pois a logística exige recurso financeiro, já que algumas esculturas são de grande porte. O curador destaca que esses eventos geralmente são organizados com o apoio dos próprios artistas que investem, e dele mesmo, que sente prazer em promover eventos como esse. Apesar  das dificuldades, ele diz que o retorno tem sido positivo, e destaca que a ideia é futuramente levar o festival para fora do Brasil. O curador conta que um artista chinês já o procurou para participar da exposição. “Estou sem palavras para falar sobre essa repercussão. Esse resultado está sendo por conta da receptividade do público que vê e gosta”, afirma Paulo.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov

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