Por que você não pode perder o show do Dead Fish hoje na 20ª edição do Festival Vaca Amarela

Dona de um dos melhores discos de rock de 2019, banda capixaba ainda não trouxe a turnê do "Ponto Cego" a Goiânia, que foi lançado menos de um ano antes do início da pandemia de covid-19 no Brasil

Postado em: 16-04-2022 às 19h14
Por: Augusto Diniz
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Dona de um dos melhores discos de rock de 2019, banda capixaba ainda não trouxe a turnê do "Ponto Cego" a Goiânia, que foi lançado menos de um ano antes do início da pandemia de covid-19 no Brasil | Foto: Divulgação

Dona de um dos melhores discos de 2019 lançados no Brasil, a banda capixaba Dead Fish finalmente chega a Goiânia neste sábado (16/4) com a turnê do disco “Ponto Cego”, que foi lançado em 2019, menos de um ano antes do início da pandemia de covid-19 no País. Formado pelo vocalista Rodrigo Lima, o baixista Igor Tsurumaki, o “Moderno” (Cueio Limão e Sugar Kane), o guitarrista Ricardo Mastria (Sugar Kane) e o baterista Marcos Melloni (Ação Direta), o grupo passou por diferentes formações, mas sobreviveu a 31 anos como a principal representante do hardcore melódico brasileiro.

Em “Ponto Cego”, as letras são diretas, o contexto é urgente e a melodia é agressiva. Rodrigo Lima se juntou a Alvaro Dutra para dilapidar versos que incialmente pareciam agressivos demais. O resultado é um grito engasgado na garganta com tudo que ocorreu na história recente do Brasil, desde o movimento de protesto de rua iniciado em junho de 2013, passando pelo impeachment, que na faixa “Sangue nas Mãos” é abertamente gritado que, “sim, foi golpe”, até a chegada do ex-deputado federal e capitão do Exército Jair Messias Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto.

O disco “Ponto Cego” foi lançado no final de maio de 2019, dias antes de sair a primeira matéria do Intercept Brasil sobre o escândalo de troca de mensagens entre procuradores da República da força-tarefa da Operação Lava Jato e o então juiz Sergio Moro. O episódio, conhecido como Vaza Jato, mudou o rumo de muita coisa desde então. Inclusive a visão que parte dos apoiadores da Lava Jato passaram a ter em relação a Moro desde então.

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“Os caras jogaram a pouca reputação do Judiciário no lixo. Fora que debocharam da República, do motivo para que foram designados. Quem tem um mínimo de noção sabe que é grave”, disse Rodrigo em entrevista que fiz com ele, entre idas e vindas, mensagens e esperas, de junho a julho de 2019 e que nunca foi publicada.

Parceria nas composições

Sobre ter dividido as composições com Alvaro, o vocalista do Dead Fish explicou que, “em meados de 2018”, “foi especial”. “Ele trouxe um pouco mias de refinamento para algumas coisas, melodias novas e uma parceria entre um cara barulhento e com concentração ruim com um cara silencioso e superfocado. Funcionou demais.”

A parceria nas composições vinha desde o disco anterior, “Vitória” (2015), que foi lançado por meio de financiamento coletivo. Para o “Ponto Cego”, o Dead Fish voltou a contar com a estrutura do selo Deck Disc, onde foram lançados os álbuns “Zero e Um” (2004), “Um Homem Só” (2006) e “Contra Todos” (2009). Com material que sobrou de gravações que não foram para os discos, a gravadora soltou em 2020 “Lado Bets”.

Ouça o disco

Não ouviu o “Ponto Cego” ou nunca ouviu falar em Dead Fish, confira o disco “Ponto Cego”. O show da banda capixaba está marcado para as 23 horas no Palácio da Música do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), que fica na GO-020, em Goiânia. Os ingressos custam R$ 80 a meia-entrada. Veja também a programação do dia, que começou às 16 horas e será encerrada com show da curitibana Karol Conká, previsto para 1 hora de sábado (16/4) para domingo (17/4).

Veja quem ainda se apresenta hoje na segunda noite do Festival Vaca Amarela:

Ouça o disco “Ponto Cego”, da banda capixaba Dead Fish:

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