“Shithouse” nos mostra o quão difícil é estar na faculdade

Fácil de se conectar com os personagens, a dramédia dirigida por Cooper Raiff é um achado para quem está perdido ou longe da família.

Postado em: 04-06-2022 às 13h00
Por: Luan Monteiro
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Fácil de se conectar com os personagens, a dramédia dirigida por Cooper Raiff é um achado para quem está perdido ou longe da família. | Foto: Reprodução

Bom, estou dois anos atrasado para isto, e peço perdão. Shithouse, ou “O Calouro”, é um filme de 2020 e conta a história de Alex, um calouro solitário estudando em uma faculdade a 2 mil quilômetros de distância de sua família, da qual ele é extremamente próximo. Ele se fechou para seus colegas, que parecem ter toda essa “coisa de faculdade” descoberta. Mas tudo muda uma noite quando Alex dá um salto e vai a uma festa na Shithouse, uma a fraternidade, onde cria uma forte conexão com Maggie.

Eu assisti ao filme em um momento exclusivo da minha vida onde estou passando por situações similares a Alex. Estou há 9.500 quilômetros da minha família e também estou fechado, talvez por motivos diferentes que ele. Porém, isso não importa muito para que você sinta o mesmo.

Eu entrei nisso esperando que fosse medíocre na melhor das hipóteses, mas acabei ficando completamente impressionado. Eu me identifiquei com os dois personagens principais tão profundamente (especialmente Alex). Para mim é sempre tão assustador e preocupante se ver refletido perfeitamente na tela à sua frente, como se alguém tivesse plagiado sua vida ou algo assim.

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Tive duas experiências de me mudar para longe da minha família, sendo a primeira há quatro anos quando fui justamente a Goiânia estudar e isso foi uma das coisas mais difíceis que fui obrigado a fazer, então entendi como Alex se sentia ao decorrer do filme.

Também é necessário apontar que Dylan Gelula, que aqui faz Maggie, é muito divertida de assistir. As cenas onde ela conversa com seu parceiro de cena no quarto não têm cortes e são apenas conversa pura, tão bonitas e cativantes. Durante essas cenas parecia que eu estava me intrometendo em duas pessoas começando a se apaixonar. Esse diferencial é algo que eu adoraria ver com mais frequência nos filmes, parecia tão natural devido à ótima química entre os dois atores.

Além disso, a direção e edição, ambas feitas por Cooper Raiff, são tão humanas e pessoais que nos faz acreditar que isso não é uma ficção, e sim uma história contada pela perspectiva de duas pessoas que se apaixonaram no decorrer da juventude. O filme possui pouquíssimos pontos fracos, o que é raríssimo, além de cenas extremamente divertidas que nos tiram altas risadas. Não sou de dar notas quando escrevo algo, mas esse recebeu um 10 instantâneo na minha opinião.  

No Brasil, Shithouse está disponível para aluguel no iTunes.

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