Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

Conhecer ‘cantos’ e comidas pelo mundo

Gastronomia e viagens são prioridades dos brasileiros para 2018

Postado em: 02-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Gastronomia e viagens são prioridades dos brasileiros para 2018

GUSTAVO MOTTA*

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Uma pesquisa realizada pela empresa Booking.com aponta que quatro, entre cada dez turistas brasileiros, pretendem incorporar novos destinos gastronômicos para 2018. O interesse pela viagem e culinária saltou de 28%, registrados em 2017, para  43%  – entre os que planejam priorizar a combinação de visitar locais e novos sabores. Os dados abrangem outros 25 países, e a pesquisa recolheu informações de 19 mil viajantes.

No total de pessoas que pretendem dar ênfase ao turismo gastronômico, o equivalente a dois terços (68%) afirmam que vão priorizar comidas típicas do local de hospedagem. A gastronomia ainda vai ser um fator importante com relação à viagens, porque um em cada cinco brasileiros (20%) planejam viajar para um destino apenas pela comida. Outros 22% afirmam que vão evitar regiões onde, além dos locais para visitação, não exista um polo gastronômico.

Economia

Segundo informações mais recentes do Ministério do Turismo (2016), o ano registrou mais de 100 eventos voltados à gastronomia local. Os serviços de restaurantes, bares e clubes corresponde a 2,4% da soma de riquezas produzidas nacionalmente ao longo do ano – o chamado Produto Interno Bruto (PIB). O setor é também o que mais emprega na atividade turística (cerca de 51% dos empregos diretos), e atinge quase 6 milhões de profissionais no País.

O turismo gastronômico está intimamente ligado à cadeia produtiva local, porque compõe a etapa final da colheita de alimentos típicos da região, do abate de carne, e dos processos tradicionais quando os produtos são fermentados, torrados, curados, ou defumados. A difusão da cultura gastronômica local é também a difusão do trabalho de produtores, e de todos os ramos produtivos pelos quais o alimento passa, até a ponta do processo – o prato de um cliente.

Em meados do século 20, o País assistiu a entrada de produtos industrializados de origem estrangeira, como os fast-foods, mas desde a última década, o interesse pela cultura gastronômica nacional tem renascido. Um levantamento da World FoodTravel Association, realizado em 2016, aponta que o turista gastronômico é, em sua maioria, jovens com curso superior e alta renda – na maioria dos exemplos, são casais.

Tecnologia

O potencial das redes também deve influenciar nas decisões dos turistas sobre onde comer. Em meio aos brasileiros, 37% dos viajantes afirmam que pretendem escolher um destino com base em avaliações de restaurantes locais. Quatro a cada dez entrevistados ressaltam que pretendem publicar mais fotos de comidas nas redes sociais, em comparação com 2017.

A praticidade da automação facilita o acesso das pessoas à alimentação. Por meio da internet, os estabelecimentos adquirem espaços, e com aplicativos, a comida chega ao pedinte. O Facebook se tornou uma importante plataforma de divulgação, tanto para estabelecimentos, quanto para eventos gastronômicos. Para os clientes, Apps como o iFood permitem acessar cardápios de restaurantes e bares à distância.

Números adicionais

A pesquisa da Booking.com aponta que quase metade (46%) dos brasileiros têm mais chance de adquirir produtos de rua, sendo que os principais destinos avaliados por esse tipo de produto são Bangkok (Tailândia), Taipei (Taiwan), Hanol (Vietnã), Istambul (Turquia) e George Town (Malásia). Outros 34% buscam uma refeição que tenha ganhado prêmios culinários, com destaque às estrelas Michelin em 2018.

*Integrante do programa de estágio  do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov 

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