União dos gêneros em novo trabalho do Costa Gold

O novo álbum do grupo está em todas as plataformas digitais e ainda conta com visualizers no canal do YouTube do grupo.

Postado em: 28-12-2022 às 15h21
Por: Elysia Cardoso Ferreira
Imagem Ilustrando a Notícia: União dos gêneros em novo trabalho do Costa Gold
O novo álbum do grupo está em todas as plataformas digitais e ainda conta com visualizers no canal do YouTube do grupo. | foto: Reprodução

Por definição, ‘Ultra Som’ é o nome dado a todas as ondas sonoras cujas frequências ultrapassam 20 mil Hertz, limite superior à capacidade da audição humana. Já ‘Ultrassom’, o exame de imagens, é sobretudo feito em mulheres grávidas. E foi pensando nas altas batidas do Rap e do Funk, influências do Costa Gold, e no nascimento de um novo gênero musical, que Nog e Predella lançam ‘R&F: UltraSom’, o novo álbum do grupo que está em todas as plataformas digitais com visualizers no canal deles do YouTube, via Som Livre.

Com mais de dez anos de carreira no rap, o Costa Gold traz influências do funk, faz questão de estar em sintonia com o movimento e assume um papel de pioneirismo na união dos gêneros. Em 2017, por exemplo, lançaram ‘Sensual Girl’ com MC Davi, o primeiro hit rap-funk no país, e posteriormente participaram de ‘Vergonha Pra Mídia’, marco dessa conexão com mais de 250 milhões de streams.

Agora, com ‘R&F: UltraSom’, o Costa Gold ajuda a consolidar o surgimento de um novo gênero, a música urbana, aquela que confunde os limites entre os dois ritmos e que vem ganhando cada vez mais espaço. Não à toa todas as participações são de grandes cantores do segmento: MC Don Juan, MC Davi, MC Hariel, MC Ryan SP, MC Kevin, MC IG, MC Pedrinho, MC Neguinho do Kaxeta, MC Joãozinho VT, MC Kadu, MC Guime, Salvador da Rima e MC Drika.

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Em dez faixas, Predella e Nog passeiam por diversos temas, mas procuram manter uma unidade entre elas ao fazer o que sabem de melhor: contar histórias com as quais as pessoas se relacionam. Em ‘Descongelou’, por exemplo, fala de uma paixão arrebatadora que brinca com os sentidos: “Logo eu que sou jogador do coração frio / Me vi numa relação quente igual fogo e pavio, bebê / Olha só, quando cê sorriu acabou com esse meu lado que era sombrio / Ela pegou meu coração e balançou junto com drink / Sumiu com a minha postura igual sumiu com bic / Me inspirou igual a primeira vez que eu ouvi um beat”.

Já em ‘QBrada’, parceria com MC Guimê, Predella precisa de poucas linhas para questionar as críticas que fazem às periferias e versa sobre a realidade de milhões de brasileiros em forma de homenagem: “Tá em cima da hora, falou? Eu to saindo / New Era na cabeça, alô, escutando Arlindo / E criançada já chorou, mas hoje tá sorrindo / E quantos Neymar que a gente conhece que tá lá escondido? / Bandido tem em qualquer lugar, é fato / E os maior ladrão do mundo tá lá no Planalto / E os bigode vai no certo pra firmar o extrato / E sempre que eu tô na quebrada é várias mão pro alto”.

Predella comenta sobre o lançamento: “A inspiração do disco vem da motivação da gente querer trazer toda importância que a voz dos que não tem voz representa. O rap e o funk são músicas periféricas que vêm do mesmo colo maternal e que hoje estão dominando as paradas. É muito importante pra gente conseguir fazer um álbum que expresse o quão interessante e grandioso é essa mescla de batidas, produção e letras”.
E Nog complementa: “Foi inevitável pra gente fazer esse álbum. Sempre houve admiração mútua entre nós e os cantores de funk. ‘Sensual Girl’, um dos primeiros trap-funks a tocarem bastante, provou isso, assim como ‘Vergonha Pra Mídia’. ‘R&P UltraSom’ nada mais é que uma afirmação desse movimento que a gente sempre pregou”.

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